© LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
Abel Braga será o técnico do Flamengo em 2019. Anunciado pelo novo presidente Rodolfo Landim, o treinador volta ao Rubro-negro após 15 anos de uma passagem traumática por conta da derrota para o Santo André na final da Copa do Brasil. Ele terá de lidar com isso e reconquistar parte da torcida. Mas a principal missão encomendada pelo mandatário consiste em transformar dinheiro em título.
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A diretoria aposta que o perfil de Abel será importante para um elenco com bons valores, mas que não conseguiu conquistas expressivas na gestão Eduardo Bandeira de Mello. Experiente, Abel é um exímio gestor de grupo, o que em muitas ocasiões faz diferença no mundo da bola.
A sintonia entre técnico e elenco é fundamental, além de uma forma de jogar que esteja de acordo com as características dos jogador. Mais do que isso. Abel faz da cobrança um mantra do seu dia a dia, e isso agrada em cheio aos cartolas que tanto propagaram o discurso durante a campanha eleitoral.
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É urgente, no entendimento de Landim e dos seus pares, que o Flamengo transforme um elenco milionário -custo superior a R$ 10 milhões por mês- em vencedor. Conquistar ao menos um título de expressão no primeiro ano da gestão traria um impacto interno e externo no que envolve o rubro-negro. Tal cenário foi abordado nas negociações entre as partes. Abel comprou a briga. Rodolfo Landim gostou.
"O Abel já mostrou que é vencedor, cobrador e tem vontade de ganhar. Ele tem tudo o que o Flamengo precisa no momento. Estamos muito felizes por tê-lo conosco. Pedi títulos, quero ganhar. O Abel também quer e dará o máximo para isso", afirmou o presidente eleito.
Se a diretoria está convicta da escolha, parte da torcida ainda tem resistência em relação ao treinador. Tudo por conta do dia 30 de junho de 2004. Na ocasião, o Flamengo foi derrotado pelo modesto Santo André por 2 a 0, no Maracanã, em um dos grandes vexames de sua centenária história.
O vice-campeonato da Copa do Brasil arranhou a imagem do técnico com um bom número de torcedores. A resistência dura até os dias de hoje, mesmo com quase 15 anos passados e com Abel conquistando títulos importantes no período, como a Copa Libertadores e o Mundial Interclubes.
Nem sequer a conquista da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca em 2004 amenizaram o panorama. A passagem teve 44 jogos, com 19 vitórias, 12 empates e 13 derrotas. Abel Braga sabe que terá de lidar com o trauma do passado e a pressão da torcida. Assim como tem a ciência de que só vitórias e títulos resolverão a questão. Neste caso, duas de uma vez: um alívio para o que passou e a exigência da diretoria por conquistas. Com informações da Folhapress.