© Tomaz Silva/Agência Brasil
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (13) que não vê motivos para que milícias tenham participado da morte de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, há nove meses sem solução.
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"Não vejo nenhuma possibilidade de a morte da Marielle ter algum vínculo com nosso trabalho em relação às milícias", disse o parlamentar à imprensa. Segundo ele, apesar de essa ser uma linha que tem que ser investigada, a vereadora não tinha atuação específica em áreas dominadas por grupos paramilitares.
A polícia acredita que Marielle foi morta porque milicianos acharam que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste do Rio, conforme confirmou o secretário de Segurança Pública do estado, general Richard Nunes, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.
Marcelo Freixo com a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio Luke Garcia Foto postada pelo deputado estadual Marcelo Freixo em seu perfil no Facebook mostra ele sendo abraçado pela vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio "Se o secretário diz que a motivação foi a questão fundiária ou a questão das milícias, essa frase tem que ser acompanhada de provas, para que a gente não fique no campo da especulação nove meses depois do assassinato", declarou Freixo, que foi eleito deputado federal neste ano.
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Antes de ser eleita vereadora em 2016, Marielle foi assessora do deputado, que em 2008 presidiu a CPI das Milícias, cujo relatório final pediu o indiciamento de mais de 200 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis. Ele disse, porém, que ela era muito jovem na época e que seu papel ficou mais voltado aos bastidores.
O parlamentar também afirmou não ver indícios de que o grupo que planejava assassiná-lo neste sábado (15) tenha relação com a morte da vereadora. "Não tenho nenhuma razão pra achar isso, não há nenhum indício. Seria absolutamente especulativo", declarou.
Nesta quarta (12), a polícia interceptou um plano de três milicianos, entre eles um policial militar, que pretendiam matar o político durante um evento com militantes do PSOL em um sindicato de professores em Campo Grande, na zona oeste do Rio.
O evento foi cancelado após a equipe de Freixo receber um comunicado do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública. As informações vieram por meio do Disque Denúncia, serviço de denúncias anônimas do estado. Com informações da Folhapress.