© Marcelo Camargo / Agência Brasil
A Justiça decretou a prisão preventiva do médium João de Deus nesta sexta-feira (14), mas o líder religioso ainda não foi encontrado. O delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes disse ao jornal 'O Globo' que ele tem de se entregar até as 14h deste sábado (15), caso contrário, será considerado foragido. A defesa continua negando o envolvimento dele nos casos de abusos sexuais denunciados por centenas de mulheres ao Ministério Público.
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A polícia já percorreu mais de 20 endereços à procura de João de Deus, sem êxito. De acordo com o G1, o trabalho de busca será retomado hoje. Nesta sexta, o advogado do médium, Alberto Toron, informou que vai entrar com um pedido de habeas corpus contra a decisão, que considerou "ilegal e injusta".
"A impetração do habeas corpus não exclui a apresentação do senhor João de Deus", disse Toron.
As denúncias contra João de Deus vieram a público durante o programa Conversa com Bial, da TV Globo, no último sábado. Desde então, mais de 200 mulheres também procuraram as autoridades e a imprensa para denunciar o médium.
Segundo os primeiros relatos, os abusos sexuais ocorreram dentro da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde João de Deus realizava seus atendimentos espirituais. Neste local, o médium já recebeu personalidades, como o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e celebridades como a apresentadora americana Oprah Winfrey.
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