FHC lamenta que 'pedras sejam lançadas' antes que novo governo comece

Manifestação do ex-presidente foi publicada em meio à polêmica do relatório que identificou movimentações financeiras atípicas na conta de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro

© Nacho Doce / Reuters

Política desabafo 16/12/18 POR Folhapress

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste sábado (15), nas redes sociais, que lamenta o que chamou de pedras lançadas contra o futuro governo Jair Bolsonaro.

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A manifestação do ex-presidente foi publicada em meio à polêmica do relatório que identificou movimentações financeiras atípicas na conta de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito.

"Diariamente há pessoas acusadas de corrupção ou mau uso de dinheiro publico. Lamento que antes de começar o novo governo pedras sejam lançadas", disse FHC, em sua página no Twitter.

"É preciso verificar, antes de condenar, mas sem confiança e credibilidade impossível reconstruir o país, como a maioria do povo deseja."

Diariamente há pessoas acusadas de corrupção ou mal uso de dinheiro publico. Lamento que antes de começar o novo governo pedras sejam lançadas.É preciso verificar, antes de condenar, mas sem confiança e credibilidade impossível reconstruir o país, como a maioria do povo deseja.

— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) 15 de dezembro de 2018

Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) produzido em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio indicou movimentação financeira atípica do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com o relatório do órgão. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

+ Funcionários de Flávio Bolsonaro repassaram até 99% dos salários

A conta de Queiroz recebeu depósitos de dinheiro em espécie sempre após o dia de pagamentos na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele realizava saques dias depois, caracterizando uma conta de passagem, na qual o real beneficiário do dinheiro não é o seu titular.

A suspeita é de que o policial militar fosse o responsável por recolher parte dos salários de servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro, uma prática comum no Legislativo. O senador eleito, deputado estadual há 15 anos, nega o caso.

Também nas redes sociais, Flávio Bolsonaro disse que não fez nada de errado e é "o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem". Com informações da Folhapress.

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