© REUTERS / Carlos Barria (Foto de arquivo) 
O técnico Jorge Sampaoli desembarca neste domingo em São Paulo para acertar os últimos detalhes e, se não houver nenhuma surpresa, assinar contrato de dois anos como o Santos. O treinador chega com três grandes desafios: recuperar o prestígio perdido após um trabalho decepcionante na seleção argentina, adaptar-se ao futebol brasileiro, onde nunca trabalhou antes, e superar a instabilidade política do clube.
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Campeão da Copa América com o Chile em 2015 com estilo intenso que ainda é referência entre as seleções sul-americanas, o treinador de 58 anos chegou ao comando da Argentina depois de um trabalho de razoável para bom no Sevilla. Ele chegou em alta, como a solução para um time capenga e que dependia sobremaneira de Lionel Messi.
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Pouca coisa mudou com Sampaoli. O treinador passou de unanimidade a decepção em pouco mais de um ano. O time jogou bem em poucos momentos (as grandes atuações foram diante do Equador na última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas e o segundo tempo do jogo com a Nigéria na fase de grupos da Copa do Mundo da Rússia). Assim, Sampaoli tenta se recolocar no mercado internacional.
O treinador precisa se adaptar rapidamente ao futebol brasileiro. Os jogadores argentinos reclamavam de algumas invenções do técnico na Copa e que queriam algo simples. Ele tem de encaixar seus esquemas táticos elaborados na realidade brasileira e, principalmente, no elenco santista.
Além disso, terá de conviver com a pressão por resultados imediatos. Pessoas próximas ao treinador revelam que ele está feliz com a possibilidade de trabalhar no Brasil e admira a história futebolística do País.
Outro grande desafio de Sampaoli é blindar seu trabalho da instabilidade política do Santos. O ano de 2018, o primeiro da gestão José Carlos Peres, foi uma coleção de polêmicas. Em uma delas, ele sofreu processo de impeachment alimentado publicamente pelo seu vice, Orlando Rollo. Em votação de sócios, Peres escapou.
Além disso, houve vários atritos entre o próprio Peres e o técnico Cuca, que deixou o cargo no final do ano para ser submetido a uma cirurgia cardíaca. Foram quatro diretores de futebol ao longo do ano (Gustavo Vieira de Oliveira, William Machado, Ricardo Gomes e agora o ex-volante Renato). Nenhum ficou mais de três meses no cargo.