Polícia intensifica busca pelo italiano Cesare Battisti

Ex-guerrilheiro teve sua prisão decretada, mas está foragido

© Nacho Doce/REUTERS

Justiça investigação 16/12/18 POR ansa

A Polícia Federal (PF) intensificou as buscas pelo italiano Cesare Battisti, foragido desde a última quinta-feira (13) após ter sua prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.

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Neste sábado (15), diversos agentes passaram o dia tentando encontrar o ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), condenado na Itália à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970.

+ Defesa de Battisti pede ao STF que suspenda prisão e impeça extradição

Battisti vive em Cananeia, no litoral sul de São Paulo, graças a um asilo concedido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vizinhos relatam que ele está desaparecido desde novembro. Em entrevista ao G1, um dos amigos dos italiano afirmou que levou ele de carro até São Paulo há duas semanas. De lá, Battisti seguiria para o Rio de Janeiro.

Após a decisão de Fux, o presidente Michel Temer assinou o decreto da extradição do ex-guerrilheiro. Com isso, se for encontrado, Battisti já poderá ser transferido imediatamente para a Itália. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, agradeceu Temer pelo o que chamou de "gesto". "Gostaria de expressar minha mais profunda gratidão por sua decisão sobre o caso do cidadão italiano Cesare Battisti, condenado definitivamente por crimes muito graves pelos tribunais italianos e até agora afastado da execução das sentenças pertinentes", disse em carta ao brasileiro.

A imprensa relata que a polícia italiana já enviou representantes para aguardar a conclusão do caso e teria, inclusive, um avião do país europeu no aeroporto internacional de Guarulhos, na grande São Paulo, para realizar a extradição. A informação, no entanto, não foi confirmada oficialmente.

Leia também: Trio que vendia carne humana em salgados é condenado

Battisti era monitorado pela PF desde 2017, quando foi preso acusado de evasão de divisas, ao tentar atravessar a fronteira para a Bolívia. Na ocasião, ele foi libertado, mas se tornou réu por evasão, além de responder a um processo por falsidade ideológica. Na sexta-feira(14), os advogados de defesa, Igor Tamasauskas e Otavio Mazieiro, apresentaram uma ordem ao Supremo Tribunal Federal para revogar o mandado de prisão emitido. No entanto, o nome de Battisti já está na lista de procurados.

O mandado de detenção foi celebrado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, que, durante sua campanha eleitoral, havia prometido enviar Battisti de volta ao seu país como um "presente". Com informações da Ansa. 

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