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Depois da revista ‘Veja’ divulgar os nomes revelados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso em março desse junto do doleiro Alberto Yousseff, no deflagrar da Operação Lava-Jato, vários políticos foram nomeados.
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Entre os indicados está o ministro da Energia Edison Lobão, o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves e, para surpresa de todos, o ex-presidenciável do PSB, Eduardo Campos, morto a 13 de agosto durante um acidente de avião. A acusação do ex-diretor resultou em reação rápida da sua sucessora na corrida ao Planalto, Marina Silva.
De acordo com a ex-senadora, a citação de Paulo Roberto Costa não passa de ilação. “A lista que foi divulgada ainda não traz as informações sobre o depoimento no conjunto das informações que ele está se dispondo a prestar”, justificou Marina Silva, que ainda explicou a razão de se assumir um possível envolvimento entre Campos e o esquema que desviou mais de R$ 10 bilhões da Petrobras.
“O fato de haver um investimento da Petrobras em seu Estado não dá o direito, a quem quer que seja, de coloca-lo (Eduardo Campos) na lista dos que cometeram irregularidades. Neste momento, qualquer julgamento, qualquer acusação sobre uma pessoa que não está aqui para se defender pode ser uma grande injustiça”, afirmou Marina Silva.
“Nós estamos aguardando as investigações porque queremos ver a verdade, porque não queremos ver Eduardo morrer duas vezes; pela fatalidade, ou por qualquer tipo de leviandade com seu nome e sua memória. Eduardo era um dos estados que sediavam empreendimentos, mas ele não pode ser acusado a priori pelo simples fato de sediar um empreendimento”, esclareceu a candidata do PSB.