© Marcos Corrêa/PR
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No momento em que o futuro governo avalia mudanças nas política externa, o presidente Michel Temer mandou nesta segunda-feira (17) um recado ao seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL), e fez uma defesa do multilateralismo.
Em evento no Palácio do Planalto, ele afirmou que seria impossível hoje "qualquer isolacionismo de natureza política e econômica" e pregou a importância do Mercosul, que pode ser revisto pela administração do militar.
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"Seria impossível qualquer isolacionismo de natureza política e econômica. Por isso, temos falado muito em multilateralismo. A ideia da universalização das nossas relações", disse.
O futuro chanceler, Ernesto Araújo, já declarou que irá desassociar o país do Pacto Global de Migração, apoiado por mais de 160 países. Bolsonaro tem sido visto ainda com desconfiança pela China e por países do Oriente Médio.
Na campanha eleitoral, ele adotou uma retórica contrária ao país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, retratando-o como uma predadora comercial.
Ele também tem proposto a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que irritou países árabes, que, juntos, são o segundo maior comprador de proteína animal do Brasil.
"Amanhã, estarei comemorando com os colegas do Mercosul esse instante que vivemos hoje", disse Temer, que participará de reunião do bloco comercial no Uruguai.
O presidente assinou nesta segunda-feira (17) resolução que autoriza a realização, no ano que vem, da sexta rodada de partilha do pré-sal.
Ela incluirá os blocos Sudoeste de Sagitário, Norte de Brava, Aram, Cruzeiro do Sul e Bumerangue, na Bacia de Santos. Com informações da Folhapress.