Cameron vai adotar medidas contra EI após decapitação de refém

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, manifestou hoje (14) determinação em "adotar todas as medidas necessárias" na luta contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico, responsável pela decapitação do trabalhador humanitário escocês David Haines.

© Reuters

Mundo Primeiro-ministro 14/09/14 POR Agência Brasil

Cameron, que acabava de presidir a uma reunião com altas patentes militares e serviços de informações, não precisou que novas medidas serão adotadas, mas prometeu que os "responsáveis serão levados à Justiça, qualquer que seja o tempo necessário para isso", dizendo ainda sobre os autores do crime: "Não são muçulmanos, mas monstros". Ele prometeu ainda ações que levem ao "desmantelamento e destruição do Estado Islâmico e do que ele representa".

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Cameron sublinhou que os Estados Unidos anunciaram uma ação militar direta contra os jihadistas e que dois aviões de combate Tornado britânicos e dois aparelhos de reconhecimento integram esse esforço militar, mas afastou o envio de militares britânicos para o terreno.

"Agiremos de maneira calma e resoluta, mas com determinação inflexível. Não agiremos isoladamente, trabalharemos em conjunto com os nossos aliados, não apenas os Estados Unidos e a Europa, na região", disse.

Na última semana, o governo liderado por Cameron enviou sinais discordantes, com o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond, quanto a uma intervenção conjunta com os norte-americanos, antes de Downing Street dizer que "nada estava excluído".

A reação de Cameron surge depois de a decapitação de David Haines pelos jihadistas ter sido confirmada por um vídeo considerado genuíno pelas autoridades britânicas, tendo o chefe do Governo britânico aludido à vítima como sendo um "herói britânico".

O vídeo, com a duração de dois minutos e 27 segundos, intitulado Uma Mensagem aos Aliados da América, mostra um militante do Estado Islâmico, de rosto tapado, decapitando David Haines, que trabalhava em uma instituição humanitária na região.

"Vocês entraram voluntariamente em uma coligação com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, como o vosso predecessor Tony Blair fez, na tendência seguida pelos primeiros-ministros britânicos de nunca encontrarem coragem para dizer não aos norte-americanos", diz a mensagem.

A voz parece ser as mesmas do homem que surge a falar nos vídeos das execuções dos dois jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Stloff, indicaram os especialistas.

Londres anunciou esta semana ajuda em material de guerra às forças curdas no Iraque para lutar contra os jihadistas, tendo também enviado ajuda humanitária ao Iraque.

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