© Ueslei Marcelino/Reuters
PUB
Parlamentares da base aliada de Jair Bolsonaro vão protocolar nesta quinta-feira (20) no Senado um pedido de impeachment do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A ação está sendo liderada pelos deputados eleitos Filipe Barros (PSL-PR) e Bia Kicis (PRP-DF), que afirmam que o ministro pode ter agido de forma "articulada" com o PT para permitir a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
+ Se o Supremo ainda for o Supremo, minha decisão tem de ser obedecida, diz Marco Aurélio
+ Defesa entra com pedido de liberdade de Lula após decisão do STF
+ PT é pego de surpresa e avalia que Toffoli pode suspender decisão
Marco Aurélio concedeu liminar nesta quarta ao PC do B e pediu para soltar todos os presos condenados em segunda instância, o que beneficiaria o petista.
As defesas dos prisioneiros nessa condição deveriam entrar com pedidos de soltura para fazer valer a ordem do ministro -como foi feito pelos advogados de Lula.
"Nos causou estranheza que, somente 48 minutos após Marco Aurélio dar sua decisão, o PT já protocolou na Justiça Federal do Paraná o pedido para a soltura de Lula. Parece que foi articulado e o pedido de impeachment é justamente para averiguar essa situação", afirmou Barros à reportagem.
De acordo com os aliados de Bolsonaro, o STF já decidiu sobre a prisão após condenação em segunda instância no plenário e uma liminar "unilateral" não poderia se sobrepor ao colegiado.
Segundo a reportagem apurou, dirigentes e advogados do PT avaliam que o presidente o STF, Dias Toffoli, pode suspender a decisão de Marco Aurélio ainda nesta quarta e, portanto, tentar tirar Lula da cadeia o quanto antes. Com informações da Folhapress.