© Reuters / Brendan McDermid
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As Bolsas reagiram mal à decisão do banco central americano que elevou os juros e indicou duas novas altas em 2019, ainda que esse já fosse o cenário esperado pela maioria dos analistas.
Os principais índices acionários dos Estados Unidos, assim como o Ibovespa, passaram o dia operando no positivo, mas inverteram o sinal e fecharam em queda de mais de 1%.
A Bolsa brasileira recuou 1,08%, a 85.673 pontos. No instante em que saiu da decisão, às 17h, o dólar fechou em queda de 0,74%, a R$ 3,8730. Não sofreu, portanto, reflexo da alta de juros.
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O Fed (Federal Reserve) decidiu de forma unânime subir pela quarta vez neste ano os juros nos Estados Unidos, levando a taxa para a faixa entre 2,25% e 2,5% ao ano, o maior patamar em quase 11 anos.
Nas projeções econômicas divulgadas com o comunicado, o Fed reduziu para duas a previsão de aumento de juros em 2019 -antes, a estimativa era de três altas.
Analistas destacaram também que a entidade reduziu a taxa de juro considerada neutra, que não estimula e nem freia a economia, para o patamar de 3% ao ano. Na prática, significa que os americanos já estão se aproximando desse nível.
Para Luciano Sobral, economista do Santander, a comunicação do Fed decepcionou o mercado por soar mais agressiva sobre novas altas que o esperado.
Ele diz, porém, que para o Brasil a sinalização é positiva. Entre o crescimento forte da economia americana, que estimula a alta dos juros, e uma desaceleração que mantém as taxas mais baixas, o segundo cenário é mais favorável porque mantém investimentos em países emergentes.
"Quando sobra menos dinheiro, sobra menos para a classe de emergentes como um todo", afirma.
Ele indica ainda que a sinalização de duas altas nos juros no próximo ano abre caminho para o retorno de investidores estrangeiros para o país, mas que tudo dependerá do andamento das reformas no novo governo. Com informações da Folhapress.