© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O advogado Alberto Toron, responsável pela defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, disse ter feito, nesta quarta-feira, 19, uma diligência na conta pessoal do líder religioso e afirmou que ele não movimentou suas contas bancárias antes da prisão, como havia sido divulgado pelo Ministério Público de Goiás. Toron exibiu um extrato bancário que mostra um montante de R$ 34,2 milhões depositados em investimentos.
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"Em diligência realizada na data de hoje na agência 9664 do Banco Itaú em Anápolis/GO, a defesa obteve a informação de que não houve qualquer movimentação ou resgate de R$ 35 milhões da conta bancária de João de Deus, conforme alardeado pelo Ministério Público em seu pedido de prisão. O saldo total de sua carteira de investimentos, na data de hoje, é de R$ 34.281.815,06, conforme documento anexo, encaminhado pela gerente a pedido da defesa e obtido mediante procuração de João de Deus", divulgou Toron.
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Os extratos divulgados pelo defensor mostram que João de Deus, cliente "personnalité" do banco Itaú, tem mais de R$ 9,5 milhões investidos em ativos com juros pós-fixados, R$ 19,9 milhões em juros prefixados, R$ 4,6 milhões em fundos multimercados e R$ 67 mil em aplicações vinculadas à inflação.
A preocupação da defesa em divulgar os montantes têm relação com a decisão do Superior Tribunal de Justiça de negar pedido de habeas corpus para o médium, na tarde desta quarta-feira. Ao negar a soltura de João de Deus, o magistrado Nefi Cordeiro lembrou justamente das movimentações financeiras do médium, às vésperas da prisão.
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O pedido de habeas corpus já havia sido rejeitado pela Justiça de Goiás, na terça-feira, 18, mas a defesa decidiu recorrer junto ao STJ, que seguiu o mesmo entendimento. João de Deus está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último domingo, 16. Ele é acusado de abuso sexual e deve ser indiciado pela Polícia de Goiás pelo crime de violência sexual mediante fraude até esta sexta-feira, 21.
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