Toffoli cedeu a um 'motim judicial', afirma PT em nota

Segundo a nota, assinada pela executiva nacional do partido, a ordem de Mello era "inquestionável"

© Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Política STF 20/12/18 POR FolhaPress

O PT (Partido dos Trabalhadores) afirmou nesta quarta-feira (20) que o ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), cedeu a um "verdadeiro motim judicial" ao suspender a liminar do ministro Marco Aurélio de Mello que determinava a libertação de presos em segunda instância, como o ex-presidente Lula.

PUB

"Ao revogar, de forma sem precedentes, a liminar do ministro Marco Aurélio, o presidente do STF, Dias Toffoli, cedeu a um verdadeiro motim judicial, com um claro viés político-partidário", disse o partido em nota. "A decisão tomada às pressas e com precária base institucional demonstra claramente o alinhamento da presidência do Supremo, desde Cármen Lúcia, com soluções autoritárias que atendem ao objetivo de calar a voz de Lula no cenário político brasileiro."

A legenda ainda citou reportagem do UOL, portal do Grupo Folha, que afirma que o Alto Comando do Exército se reuniu em videoconferência após a decisão provisória de Mello para ponderar sobre os eventuais impactos da liberação do ex-presidente.

A reunião, na avaliação do PT, demonstra a tutela das Forças Armadas sobre o STF.

 +PF cumpre mandados em endereços da família de Aécio Neves

+Candidatos do PSL não recebem convite para a posse de Bolsonaro

"A imprensa informa que a revogação da liminar do ministro Marco Aurélio foi precedida de uma reunião do Alto Comando do Exército para a avaliar as consequências de uma eventual libertação de Lula. Recorde-se que o comandante do Exército, general Villas Bôas fez uma manifestação indevida e hierarquicamente inadmissível ao STF na véspera do julgamento de um HC [habeas corpus] em favor de Lula. Os dois episódios sugerem uma tutela inconstitucional das Forças Armadas sobre a mais alta corte de Justiça."

Segundo a nota, assinada pela executiva nacional do partido, a ordem de Mello era "inquestionável".

"A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rebelou-se contra a Justiça e requereu a suspensão da liminar (o que não tem precedentes), e o fez especificamente em relação ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, e somente a Lula, sendo que a decisão do ministro Marco Aurélio dirigia-se indistintamente a todos que cumprem prisão antecipada antes do trânsito em jugado."

O texto afirma que os abusos contra o ex-presidente serão denunciados internacionalmente, no Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 15 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 7 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 16 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 15 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 13 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 13 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 16 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama LUAN-SANTANA Há 16 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

esporte Indefinição Há 16 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama Documentário Há 8 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly