Coletes amarelos: atos em Portugal colocam polícia em alerta

A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área da PSP para hoje soma 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país

© Reuters

Mundo manifestação 21/12/18 POR Lusa

Os protestos convocados para esta sexta-feira (21) pelo movimento "coletes amarelos" em Portugal nas principais cidades do país levaram as principais forças policiais do país a reforçar o dispositivo de segurança, sobretudo nas entradas de Lisboa e do Porto. Manifestações tiveram início às 7h (5h no horário de Brasília).Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.

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Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, em manifesto divulgado na quarta-feira (19), propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.

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O plano dos protestos envolve ações, logo a partir das 7h, nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa, nos acessos à capital, como os de Alverca, na A1, e de Loures, na A8, e ainda um desfile à tarde entre o Marquês de Pombal  e o parlamento, além de uma concentração junto da Presidência da República, em Belém.

No Porto, estão previstas ações, também a partir das 7h, na Via de Cintura Interna, no Nó de Francos e na avenida AIP.

A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área da PSP para hoje soma 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.

Além de Lisboa e Porto, estão previstas ações em Ponta Delgada, Açores, na rotunda do Infante, na Madeira, e em locais centrais ou de ligação nas cidades de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu.

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Segurança

Os aeroportos portugueses terão áreas de exclusão com cerca de seis quilômetros de raio que impedem a navegação de qualquer aparelho não autorizado, incluindo 'drones'.

Segundo a Autoridade Aeronáutica Nacional, foram criadas zonas de exclusão aérea nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro com três milhas náuticas de raio, que estarão em vigor entre as 6h e as 18h de hoje.

Tanto a PSP quanto a GNR disseram à agência Lusa que estiveram nas últimas semanas recolhendo informações no terreno e, através das redes sociais, para evitar tumultos ou atos de violência, como aconteceu nas manifestações na França.

A PSP afirmou que tudo fará para garantir a segurança, ordem e tranquilidade pública, tendo na semana passada mandado suspender as folgas dos seus agentes previstas para hoje, ao mesmo tempo que aconselha os cidadãos a privilegiar os transportes públicos, a verificar as acessibilidades das vias que pretendem usar e pedir a colaboração das autoridades, usando o 112 se necessário.

Reforço policial

A Guarda Nacional Republicana (GNR) vai, por sua vez, desenvolver "ações de patrulhamento intensivo de grande visibilidade" e reforçar as operações na A1 junto à portagem de Alverca, na A2 acesso à Ponte 25 de Abril, na A8 portagem de Loures, na A12 Ponte Vasco da Gama, na A1 Ponte da Arrábida, no Porto, na A28/A3/A4 nos acessos à cidade do Porto, na A3/A11 nos acessos à cidade de Braga e na A25/A17 nos acessos à cidade de Aveiro.

O primeiro-ministro, Antônio Costa, e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já se pronunciaram sobre os protestos, esperando que sejam pacíficos.

O Movimento Coletes Amarelos em Portugal, que se intitula como "pacífico e apartidário", assegurou que não tolerará qualquer ato de violência ou vandalismo.

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Os apelos para os protestos começaram a ser feitos por cidadãos anônimos da zona Oeste do país nas redes sociais, principalmente no Facebook, há cerca de três semanas. Com informações da Lusa.

 

 

 

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