© Reuters
Em tentativa de reparar o erro cometido anteriormente, ao defender que a imprensa se devia concentrar em informar o público e não conduzir investigações próprias sobre casos a ser julgados na Justiça, Dilma Rousseff (PT) recuou esse domingo e procurou corrigir o deslize.
PUB
Citando o caso americano “Water Gate”, a petista lembrou que os jornalistas teriam usado um informante para revelar irregularidades que implicavam o governo do presidente da altura, Richard Nixon. Dilma afirmou até que o “jornalismo investigativo pode fornecer elementos ou indícios” que poderão assistir numa investigação policial.
Em tom mais frustrada, a presidente disse, no entanto, que “fizeram uma confusão” com o que ela tinha dito anteriormente e que, na época, ela estaria tentando afirmar que é preciso um processo formar e legal na investigação para evitar que as provas sejam comprometidas.
“Fizeram uma confusão danada com a minha declaração. Agora, o jornalismo investigativo pode até fornecer elementos. Vamos lembrar de um caso clássico: o Water Gate, que forneceu elementos. Agora, quem fez a prova foi a investigação oficial. Se ela não fizer a prova, você não consegue condenar ninguém. Assim é o processo. O que temos de obter cada vez mais é maior rapidez de investigação e que seja muito mais claramente tipificados os crimes. Vou dar um exemplo: o caixa dois não está no Código. O processo de combate à impunidade requer tipificar e rapidez nos julgamentos”, justificou Dilma Rousseff.