© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O caso João de Deus, acusado de assediar sexualmente centenas de mulheres, ganhou mais um capítulo neste sábado (22). A mala encontrada pelo MP-GO e pela Polícia Civil durante uma busca na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, continha R$ 1,2 milhão. A bagagem estava escondida em fundo falso de um armário. Além do dinheiro, a corporação e o órgão também apreenderam esmeraldas e medicamentos.
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No total, segundo informações da TV Anhanguera, três endereços estavam na mira dos agentes após autorização do juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás. Também foram recolhidos 770 euros e US$ 908. O magistrado também deu nova ordem de prisão contra João de Deus por posse ilegal de arma.
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Apesar das acusações, o advogado do médium, Alberto Toron, nega que o cliente tenha violentado mulheres. A defesa também criticou a ação policial realizada nessa sexta-feira (21). "A nova busca e apreensão foi determinada com base em denúncia anônima e foi genérica, o que é inadmissível", afirmou Toron.
O que já se sabe sobre o caso:
- João de Deus é investigado por estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse ilegal de arma.
- MP recebeu quase 600 relatos de abusos sexuais; 255 vítimas foram identificadas.
- Mulheres que denunciaram João de Deus ao MP têm entre 9 e 67 anos.
- Polícia Civil colheu depoimentos de 16 mulheres. Um inquérito foi concluído e oito estão em andamento.
- Em operações em endereços ligados a ele foram achadas armas, pedras preciosas e mais de R$ 1,6 milhão.
- Justiça também decretou a prisão do médium por posse ilegal de armas de fogo.
- Há relatos de supostas vítimas 15 estados brasileiros e outros seis países.
- MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro.
- Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola.
- Defesa teve dois habeas corpus negados e foi ao STF.
- Mesmo que o ministro Dias Toffoli conceda o habeas corpus, João de Deus segue preso por causa do outro mandado de prisão.
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