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Juntos há cinco anos, Thammy Miranda, 36, e Andressa Ferreira, 30, planejam ter um bebê até o Natal de 2019. O casal optou pelo processo de fertilização in vitro (FIV) para ter o primogênito, que deve nascer em Miami (EUA). "Sempre quisemos ser pais, acho que chegou a hora. Tentei engravidar a Andressa, mas acho que ela tem algum problema", brincou Thammy.
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A decisão final pela gravidez, no entanto, foi de Andressa. "Thammy queria fazia tempo, mas eu segurava. Só a mulher sente quando é o momento certo", diz a modelo. O casal conta que escolheu a FIV em vez de um processo de adoção porque quer "viver o momento" da chegada do primeiro filho. "Quero sentir como é estar grávida", diz Andressa.
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Desde outubro deste ano o casal tem feito planos. Em conversa no canal da musa fitness Gabriela Pugliesi, Thammy contou que ele e Andressa queriam fazer o mesmo processo da atriz Karina Bacchi, 42, que usou um doador de sêmen internacional e teve o filho em Miami.
O caso de Karina serviu de inspiração para Thammy e Andressa. O que era apenas um sonho começa a se tornar realidade. Em janeiro, o casal viaja para os Estados Unidos para iniciar o processo de hormonização de Andressa, que carregará o primogênito do casal. Essa é a primeira etapa da FIV, que será toda feita em Miami.
Dois meses depois, o casal retorna aos EUA para a transferência embrionária. Após a coleta dos óvulos e a fertilização feita em laboratório, os embriões serão congelados por dois meses. Na sequência, apenas um deles será inserido no útero de Andressa. O restante continuará congelado.
A última viagem do casal para Miami será quando o bebê estiver pronto para nascer, em meados de dezembro. "Quereremos aumentar ainda mais a família um dia. Eu e Andressa crescemos com irmãos e gosto muito. É muito chato ser filho único", afirma Thammy.
Os espermatozoides serão escolhidos de um banco de esperma americano. Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos, é possível escolher um doador conhecendo suas características, como a cor dos olhos, do cabelo e até o grau de escolaridade e hobbies. O casal pretende escolher um doador com características físicas semelhantes às de Thammy.
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Para o médico do casal, Armando Hernandez-Rey, da clínica de fertilidade Conceptions Flórida, as chances de Andressa engravidar em um primeiro procedimento são altas. "Andressa é saudável e está na idade ideal para um processo de fertilização, as chances são de 80% a 90% dela engravidar de primeira. Os riscos do procedimento para ela são mínimos."
Ao contrário do processo de inseminação artificial, que insere o esperma diretamente na mulher, a FIV tem maior eficiência. O método permite testes genéticos nos embriões para prever doenças autossômicas (genéticas que não envolvem cromossomos sexuais), e para descobrir o sexo da criança.
Os exames são necessários quando os pais possuem genes que podem desenvolver doenças hereditárias. No caso de Andressa e Thammy, não há recomendação médica para exames genéticos, segundo Hernandez-Rey. Sobre o sexo da criança, Thammy e Andressa decidiram que não querem escolher. "Vamos esperar para descobrir", diz a ex-dançarina.
O processo de fertilização com o médico americano pode custar de US$ 10 mil a US$ 20 mil (R$ 39 mil a R$ 78 mil). Além da FIV nos Estados Unidos, o casal também pretende ter o primeiro filho por lá. "Existem muitos mitos com relação a isso, mas ao contrário do que se pensa, não é ilegal ir para os Estados Unidos ter um bebê", afirma o pediatra Wladimir Lorentz, fundador do Ser Mamãe, em Miami.
O pediatra afirma que cerca de 600 brasileiras já tiveram bebês em solo americano desde 2015, quando a empresa foi fundada. Pela legislação americana, os bebês nascidos nos Estados Unidos tem o direito à cidadania. Esse é o principal motivo pelo qual as famílias buscam o serviço de Lorentz, que custa de US$ 12 mil a US$ 14 mil (R$ 47 mil a R$ 54,7 mil) e inclui uma equipe de 16 profissionais.
Thammy e Andressa escolheram Miami pela segurança, não pela cidadania, que será um bônus. "Como teremos uma gravidez fora do 'normal', queremos os melhores profissionais conosco", diz Thammy. O casal, no entanto, não descarta a possibilidade de um dia ir morar nos EUA.
Assim como fez Sabrina Sato, Thammy e Andressa querem que seus fãs acompanhem o processo da FIV, da gravidez e da chegada do bebê. "Queremos mostrar tudo em um formato informativo para que as pessoas tenham acesso. Existe muita dúvida sobre FIV e sobre ter bebê nos EUA", diz Andressa.
Para o casal, essa exposição servirá para informar outras pessoas trans que têm o desejo de formar uma família. "Acredito que eu posso influenciar mais pessoas trans a terem filhos, mas peço que o tenham com responsabilidade. Queremos mostrar que não é impossível e que as duas partes do casal podem participar do processo. A tecnologia está aí para isso, a medicina está cada vez mais avançada e acho que só tende a evoluir", conclui Thammy. Com informações da Folhapress.