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Segundo Lobão, policiais federais o abordaram assim que seu avião pousou no Aeroporto de Imperatriz (MA), na noite de quarta-feira (24). De acordo com o senador, os agentes revistaram a aeronave, os veículos e a bagagem dos membros da comitiva que o acompanhavam. Lobão diz que os policiais empunhavam as armas e em momento algum informaram a razão da ação ou apresentaram uma ordem judicial, limitando-se a informar que tinham recebido uma denúncia anônima, cujo teor, também não teriam revelado.
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Ao classificar a ação de intimidatória, advogados da coligação partidária pela qual Lobão concorre ao governo maranhense pediram ontem (25) esclarecimentos à PF. Líderes do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, também se manifestaram sobre o assunto.
Em nota, Temer, que é o presidente nacional da legenda, destacou que “o diretório nacional do partido repudia a ação de integrantes da PF”. O vice-presidente também informa que a revista teve “o pretexto de buscar recursos ilegais da campanha” e que nenhuma irregularidade foi encontrada.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota de apoio à ação do delegado de Polícia Federal Paulo de Tarso Cruz Viana Júnior. Para a entidade, a repercussão dada ao episódio é própria e comum do período eleitoral e “em nada compromete a atuação eficiente e isenta do delegado”. A instituição salientou que, no exercício das atribuições constitucionais a Polícia Federal, enquanto órgão de Estado, não persegue, não intimida, mas também não se deixa intimidar.