'Se achar, vou denunciar opulência no Sistema S', diz futuro secretário

Ideia de Carlos da Costa é implementar um processo de revisão da aplicação dos recursos no governo de Jair Bolsonaro

© Tânia Rêgo/Agência Brasil 

Economia Opinião 24/12/18 POR Estadao Conteudo

Futuro secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, o economista Carlos da Costa disse que, se encontrar, pretende expor casos de "desperdícios, opulência, caixa 2 de campanha e uso não republicano" do Sistema S. A sua ideia é implementar um processo de revisão da aplicação dos recursos no governo de Jair Bolsonaro.

PUB

Em entrevista ao Broadcast/Estadão, o secretário disse que daqui a um ano o Sistema S não será o mesmo e que a sua revisão faz parte do plano de ação da equipe econômica nos primeiros 30 dias de governo. Ele adiantou que, com a revisão, as alíquotas das contribuições feitas pelas empresas poderão ser reduzidas.

"Se tiver opulência, banheiro de 200 metros quadrados de mármore, caixa dois de campanha, isso vai ter de ser exposto. A população merece saber", disse ele. Na semana passada, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu o debate ao afirmar que em encontro com empresários, no Rio de Janeiro, que vai dar "uma facada" nos recursos para o Sistema S.

+ Aposentadoria integral ficará mais difícil a partir da semana que vem

Segundo Costa, desde a elaboração do plano de governo e mais intensamente nos últimos dias, Guedes tem debatido internamente na equipe o destino e o papel do Sistema S. "Muito do que se tem falado recentemente é fruto dessa conversa. Uma coisa nós já sabemos: daqui a um ano o Sistema S não será o mesmo. Vai ser diferente porque a sociedade toda busca mudança e quer que suas instituições se repensem", disse.

Ex-diretor do BNDES, o futuro secretário de Produtividade destacou que o Custo Brasil é decorrente de impostos e contribuições compulsórias como é a do Sistema S. Na sua avaliação, há muitos problemas no Sistema S que foram se acumulando nos últimos anos com "desperdícios, exageros", e programas que funcionam bem, mas "outros que funcionam muito mal".

Desemprego

O diagnóstico inicial é que o desempenho dentro do Sistema varia muito de entidade e de Estado da Federação. "A população apertou o cinto. As empresas enxugaram as suas estruturas, cortaram privilégios, o governo está tentando se ajustar e o Sistema S não pode continuar com regalias."

Os projetos culturais do Sistema S também passarão por revisão. Segundo Costa, há peças de teatro que gastam recursos muito significativos, muitas vezes com critérios de seleção desconhecidos. "Eu pergunto: você acha que o trabalhador está satisfeito que uma parte que ele podia ter mais emprego vai para uma peça de teatro que ninguém sabe qual é o critério de escolha?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 15 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 17 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 17 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 16 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 18 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 18 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

tech WhatsApp Há 18 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

fama Saúde Há 17 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

fama Luto Há 18 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

mundo Catástrofe Há 16 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia