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“Estatisticamente, a sociedade mostra isso. Não há o que tergiversar com o sentimento do eleitor, quando 60% fizeram esse movimento [pela mudança]”, ressaltou ao se referir à votação obtida pelos candidatos que enfrentaram a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff.
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Marina concedeu entrevista coletiva em um espaço de eventos na zona oeste paulistana, cercada por militantes e líderes do PSB. “O Brasil sinalizou claramente que não concorda com o que aí está. E sabemos que uma boa parte do Brasil, desde 2010, vem dando sustentação a uma mudança que seja qualificada”, destacou a ex-senadora, lembrando a votação que obteve como candidata na eleição anterior.
Sobre um possível apoio no segundo turno à Dilma ou a Aécio Neves, Marina disse que o assunto será discutido pelas legendas que compõem a coligação que sustentou sua candidatura ao Planalto. “Eu faço parte de um partido, ainda que seja um partido clandestino, é um partido. Temos uma aliança com vários partidos. E decidimos que queremos tomar uma posição conjunta, mantendo aquilo que nos uniu que é o nosso programa”, ressaltou. Em 2013, Marina se filiou ao PSB, depois de não conseguir formalizar o seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.
Nessa discussão, a candidata destacou que terão papel importante governadores eleitos no primeiro turno e os que continuarão em campanha na segunda etapa das eleições. “Estou muito feliz em saber que temos lideranças que foram eleitas e serão muito importantes nesse diálogo”, disse ela, citandor Paulo Câmara e Chico Rodrigues, que governarão Pernambuco e Roraima, respectivamente. Além do “amigo” Rodrigo Rollemberg, que disputará o segundo turno no Distrito Federal.
Marina ressaltou que, apesar de não ter conseguido chegar ao segundo turno, manteve a dignidade e não abriu mão de seus ideais. “Neste momento, eu estou aqui não como derrotada, mas como alguém que sabe que continua de pé, porque não teve que abrir mão dos princípios para ganhar a eleição.”
Ela reclamou, no entanto, dos ataques que sofreu durante a campanha, que classificou de uma “inédita e despropositada agressividade política”. Segundo Marina, grande parte das críticas partiu da “candidatura oficial”. “Uma postura de nos encarar como sendo aquela que ela mais temia enfrentar. Tanto é que todas as baterias foram voltadas para nós”, protestou.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disputaria a Presidência pelo PSB, também foi lembrado por Marina. “Um líder que sempre nos fará falta, mas que estará presente em todos os passos de nossa caminhada futura”, disse ela, que era candidata a vice-presidente na chapa de Campos. O ex-governador morreu em desastre aéreo, no dia 13 de agosto, em Santos, São Paulo.