Entenda a reforma da previdência municipal de São Paulo

Projeto foi aprovado nesta quarta-feira (26) e segue agora para sanção do prefeito Bruno Covas

© Reprodução

Economia Mudança 26/12/18 POR Folhapress

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (26), em segunda votação, a reforma da previdência dos servidores municipais, uma das principais bandeiras do prefeito Bruno Covas (PSDB) para conter gastos com aposentadorias nos próximos anos.

PUB

O texto, que já havia sido aprovado em primeira votação na sexta (21), teve 33 votos a favor e 17 contra em mais uma sessão tensa, dentro e fora da Câmara. O projeto precisava de 28 votos para ser aprovado e vai agora para a sanção de Covas –o que deve ocorrer nesta quinta-feira (27).

+ Aposentadoria por tempo de serviço rende 102% a mais do que por idade

+ Eletrobras quer investir R$ 12 bi para finalizar Angra 3

Em reação à votação, servidores anunciaram greve a partir de 4 de fevereiro. A data foi escolhida por coincidir com o início das aulas na rede municipal, disse Sergio Antiqueira, presidente do Sindcep, o sindicato da categoria.

Entenda a reforma:

O que a prefeitura propôs mudar na previdência?

Os principais pontos da proposta aprovada são:

Transfere parte do que a prefeitura tem a receber da dívida ativa para a previdência atual, para reduzir o rombo Cria um sistema de previdência complementar para os novos funcionários que ganhem acima do teto do INSS (R$ 5.645,80, em 2017) Aumenta a alíquota de contribuição dos funcionários ativos e inativos e da própria prefeitura.

Para quanto subirá a alíquota de contribuição do servidor municipal?

Na cidade de São Paulo, a prefeitura contribui hoje com 22% do salário e os servidores, com 11%. Após a sanção da reforma, a contribuição do servidor contratado antes da reforma subirá para 14%, e para 28% a do município.

Covas chegou a propor que fosse possível utilizar recursos da privatização de equipamentos públicos para cobrir o rombo da previdência.

Por que isso gerou controvérsia?

Quando foi concebido, com João Doria (PSDB) como prefeito e Bruno Covas (PSDB) como vice, o projeto de desestatização previa que todos os recursos arrecadados seriam destinados a investimentos nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social, segurança, transporte e mobilidade urbana. Covas propôs que os recursos pudessem ser usados para cobrir o déficit, mas a proposta acabou sendo retirada antes da primeira votação por vereadores da própria base aliada.

O que é o sistema de capitalização?

Na proposta inicial, cada servidor teria sua própria conta e, quando se aposentasse, esse montante seria a fonte de pagamento de seus benefícios. Esse sistema é chamado de segregação das massas. O modelo atual funciona pelo sistema de repartição simples: as contribuições de quem está hoje na ativa é que pagam os benefícios de aposentados e pensionistas.

O que a gestão Covas mudou na proposta quanto a isso?

A gestão abandonou a criação da segregação de massas, que prevê o fim do regime de repartição simples (no qual quem está na ativa paga os benefícios de aposentados e pensionistas) e a implantação de um sistema de contas individuais.

Por que fazer essa alteração?

Parte dos novos membros da equipe de Covas acredita que a segregação de massas é muito custosa e não teria dado certo em municípios como Campinas e Porto Alegre.

Qual seria o impacto?

Cerca de R$ 370 milhões entrariam no orçamento paulistano anualmente com o aumento de alíquota e a criação do fundo de previdência complementar. No entanto, a longo prazo, o crescimento do déficit (cerca de R$ 700 milhões ao ano) não deve ser equacionado sem a segregação de massas.

O servidor é obrigado a aderir à previdência complementar?

Não. A adesão é facultativa para os contratados após dezembro de 2003, e será automática para os que entrarem quando ela estiver implantada. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama MC Mirella Há 17 Horas

MC Mirella expulsa os pais de casa: "Não quero mais morar junto"

fama Problemas de Saúde Há 16 Horas

Ator da Globo que pediu Pix é novamente internado

politica Bolsonaro Há 15 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

mundo Dominique Pelicot Há 17 Horas

Homem que permitiu estupros da esposa por 10 anos: 'Vou morrer como cão'

politica BOLSONARO-PF Há 7 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

fama Gisele Bündchen Há 16 Horas

Grávida e radiante, Gisele Bündchen exibe barriguinha ao ir à academia

lifestyle Saúde Há 16 Horas

Quatro sinais de que você está consumindo açúcar em excesso diariamente

justica São Paulo Há 14 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

fama KIM-KARDASHIAN Há 17 Horas

Kim Kardashian sensualiza com seu robô da Tesla, adquirido por R$ 170 mil

esporte Indefinição Há 8 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?