Homem diz que tentou impedir colega de matar cabeleireiro na Paulista

Crime foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil

© Reuters

Justiça são paulo 27/12/18 POR Notícias Ao Minuto

Um colega de Fúvio Rodrigues de Matos, de 32 anos, que foi preso preventivamente pela morte de um cabeleireiro na Avenida Paulista, disse à Polícia Civil de São Paulo nesta quarta-feira (26) que tentou evitar a briga que levou à morte de Plínio Henrique de Almeida Lima, de 30 anos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (21).

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Embora testemunhas digam que o assassinato foi motivado por homofobia, o delegado responsável pelo caso considera que não se tratou de um crime motivado por preconceito, mas homicídio qualificado por motivo fútil.

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"Não há crime de homofobia e no homicídio não existe qualificador em relação à homofobia. O que poderíamos ter, caso o homicídio fosse apenas em razão da homofobia, é pensar numa qualificadora do inciso primeiro, motivo torpe, que é um motivo vil, que causa aquele clamor popular. Nesse nós entendemos no inciso segundo por ser motivo fútil", explicou o delegado.

(Plínio Henrique de Almeida Lima | Foto: Reprodução)

Jamerson Matos dos Santos, de 20 anos, estava com Fúvio desde o início da briga. No entanto, como afirmam testemunhas, ele tentou impedir o crime. O jovem relatou que eles teriam encontrado o grupo de quatro rapazes homossexuais logo na saída do hotel em que trabalham no bairro do Paraíso.

O jovem disse que estava de fones de ouvido e por isso não ouviu parte da briga. Até que, em certo momento, Fúvio teria dito: "Eles estão falando coisa da gente", ao que Jamerson respondeu que não ouviu e que também não se interessava.

Adiante, a briga se acirrou e Jamerson viu o colega acionando a lâmina de um canivete. De acordo com o G1, o jovem teria dito "Não faz isso" quando percebeu que Fúvio se preparava para golpear Plínio. Em seguida, afastou-se da briga e foi até a estação do Metrô. Jamerson disse ainda que reencontrou o colega na porta da estação, que teria dito "Bora", ao que ele respondeu, "Não, pode ir".

(Fúvio Rodrigues de Matos | Foto: Reprodução / TV Globo)

Em depoimento, Fúvio confessou o crime e mostrou arrependimento. "Eu quero dizer que sou trabalhador e não queria confusão. E estou muito arrependido pelo que aconteceu", afirmou o suspeito aos policiais.

A Justiça paulista decretou a prisão temporária de Fúvio por 30 dias no final da tarde desta terça-feira (25). O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil no 78º DP.

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