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Especialistas lembram que Teresa Romero Ramos está entrando hoje nas 48 horas decisivas, quando se completam 14 dias desde que surgiram os primeiros sintomas. Se ela conseguir sobreviver a esse período, será um passo importante para combater o vírus.
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Nesse domingo (12), o Ministério da Saúde espanhol informou que Teresa Romero estava em situação grave, embora com indícios que podiam justificar “alguma esperança”. Em entrevista convocada com urgência, o diretor do Centro de Alertas e Emergências do Ministério da Saúde, Fernando Simón, informou sobre a evolução do caso.
“Parece que a carga viral está controlada e caindo”, explicou Simón, alertando, no entanto, que “é preciso ser prudente com uma pessoa com ebola, que está sempre em situação crítica, já que outros órgãos podem ser afetados”.
Nos últimos dias, Teresa Romero vem registrando a progressão normal de um doente com ebola, com o vírus afetando os principais órgãos, especialmente os rins, o fígado e os pulmões, o maior problema no caso da paciente.
Além de Teresa Romero, de 44 anos, estão hospitalizadas mais 15 pessoas no mesmo hospital de Madri, incluindo o marido da auxiliar de enfermagem, por terem mantido contato direto com ela quando já podia transmitir o ebola. As pessoas em observação não registram sintomas da febre hemorrágica.
A situação de Teresa Romero e da crise do ebola na Espanha vai ser analisada em reunião hoje do Comitê de Crise, criado pelo governo para acompanhar a situação do ebola.
O número de mortos em consequência da epidemia, surgida na África Ocidental no fim do ano passado, ultrapassou 4 mil, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com relatório da OMS, de sexta-feira passada, estão confirmados 8.399 casos de contágio pelo ebola em sete países (Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos), com 4.033 mortes.
Os sete países afetados foram divididos em dois grupos pela OMS, sendo o primeiro constituído pela Guiné-Conacri, a Libéria e Serra Leoa – os três mais atingidos – e o segundo pela Nigéria, o Senegal, a Espanha e os Estados Unidos.
No primeiro grupo, a Libéria, o país mais afetado pela epidemia, registrou 4.076 casos, com 2.316 mortes.
Os profissionais de saúde continuam a ser o grupo populacional mais afetado pela doença, sobretudo nos países mais atingidos, com 416 casos, de que resultaram 233 mortes.