© Pilar Olivares / Reuters / Arquivo
"Nós queremos um Brasil melhor. Amém?". As palavras do pastor Wilbert Batista foram respondidas com entusiasmo por cerca de 50 fiéis que, de joelhos sob o sol, oravam pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã deste domingo (30) em frente à Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.
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O grupo, de uma igreja evangélica do Núcleo Bandeirante (região administrativa do Distrito Federal), foi o maior a passar pelo local, que também recebeu turistas, moradores de Brasília, ciclistas e motociclistas.
Se a vontade era de encontrar ou ao menos ver de longe o presidente eleito, a tentativa foi frustrada. Até o início da tarde deste domingo, Bolsonaro não saiu da Granja, onde encontrou membros do cerimonial para os preparativos e as instruções relacionadas à posse do dia 1º de janeiro.
Colega de Bolsonaro em 1973, quando passou pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas, o militar da reserva Luiz Sabbag conversou com os seguranças, mas tudo que conseguiu foi a promessa de que o presidente eleito receberia seu presente, uma geleia de amora feita em casa.
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Quem chega à grade da Granja do Torto não consegue ver qualquer sinal da movimentação interna. Da portaria, só é possível enxergar o amplo gramado do terreno. Ainda assim, turistas tiravam fotos em frente às grades e cones ao longo da manhã.
A artesã Delzira de Souza Apen e o militar da reserva Miguel Apen chegaram cedo e montaram um mesa de café da manhã no gramado. O cardápio tinha café, pães, biscoito água e sal e bolos.
"A gente chegou às sete horas da manhã. A ideia era ver o Bolsonaro caminhando, a gente ia chamar. Não deu nada certo", disse Delzira.
O motorista de aplicativo Jorge José da Silva Barbosa afirmou estar em um dia de sorte. Com uma faixa verde e amarela na cabeça e uma camiseta com a bandeira dos Estados Unidos, ele acompanhava passageiros alinhados às suas ideias -turistas paraenses que chegaram a Brasília para assistir à posse.
"Bolosnaro é só o filé. É a mudança, a gente tem que acreditar", disse.
Seu passageiro, o advogado Raimundo Kulkamp trouxe a esposa e as duas filhas para ver Bolsonaro de perto em Brasília. Pretendem acompanhar a posse e depois seguir para um breve descanso em Caldas Novas (GO), tradicional destino turístico da região.
"Lá, vamos comer umas mortadelas e depois voltamos para Belém", afirmou.
Um opositor de Bolsonaro passou rapidamente de carro pelo local e foi hostilizado aos gritos. O veículo da Rede Globo também foi vaiado, enquanto carros de reportagem da Record e do SBT foram aplaudidos pelos presentes. Com informações da Folhapress.