Temer recua mais uma vez e decide não conceder indulto de Natal

Decisão ocorre após o Supremo encerrar o ano sem finalizar o julgamento sobre a validade do indulto natalino assinado por ele no ano passado

© Marcos Corrêa/PR

Política PERDÃO A PRESOS 30/12/18 POR Folhapress

A dois dias de deixar o cargo, o presidente Michel Temer decidiu não editar o decreto que concede indulto de Natal para pessoas condenadas ou submetidas à medida de segurança.

PUB

Trata-se de uma mudança em relação ao que fora anunciado na última semana pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Em café da manhã com jornalistas, ele disse que o texto sairia até a última sexta (28).

A decisão foi antecipada pela Folha de S.Paulo.

Com isso, Temer deixa a cargo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a possibilidade de editar um texto após tomar posse na terça-feira (1º). Eleito com discurso de combate à corrupção, Bolsonaro tem dado declarações de que é contrário ao benefício.

 

+ Investigado, Temer diz que não tem medo ser preso: ‘Preocupação zero’

 

+ Deputados querem aumento de salário igual ao do Supremo

A edição do indulto natalino foi tema de uma série de idas e vindas em meio a questionamentos feitos no STF em relação à versão publicada em 2017 por Temer.

Na véspera de Natal, na segunda-feira (24), o Planalto havia informado que não seria editado texto este ano com perdão a criminosos.

Temer havia manifestado anteriormente que não concederia indulto natalino após o pedido de vista do ministro Luiz Fux, do STF, sobre a constitucionalidade da medida editada no ano passado.

Em 2017, o decreto perdoava condenados por corrupção que tivessem cumprido um quinto da pena até 25 de dezembro de 2017.

Esse foi o ponto considerado mais controverso e que motivou questionamento da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em dezembro do ano passado, durante o recesso do Judiciário, a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, atendeu ao pedido da Procuradoria e suspendeu os trechos contestados.

O STF não chegou a concluir a análise do tema, já que na sessão do mês passado Fux pediu vista e suspendeu o julgamento. Já havia maioria pela constitucionalidade da iniciativa do presidente.

Para a maioria dos magistrados, o indulto é uma prerrogativa constitucional do presidente da República e o Judiciário não pode interferir em seu conteúdo.

Nas redes sociais, Bolsonaro afirmou, na ocasião do julgamento pelo Supremo, que caso houvesse o perdão neste fim de ano, ele não seria repetido em seu mandato.

"Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último", escreveu o presidente eleito em novembro. Com informações da Folhapress.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 9 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

mundo Estados Unidos Há 9 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Patrick Swayze Há 23 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

brasil Tragédia Há 2 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

brasil Tragédia Há 10 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

tech Aplicativo Há 9 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

fama Emergência Médica Há 10 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

fama Condenados Há 17 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

brasil Tragédia Há 9 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos

fama 80s Há 19 Horas

Os casais mais icônicos dos anos 1980