© Valter Campanato/Agência Brasil
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que assumirá a Casa Civil a partir desta terça-feira (1º), teve o valor das passagens de ida e volta de Brasília para o Rio reembolsado no dia da oficialização da candidatura do presidente eleito Jair Bolsonaro. O evento aconteceu no Centro de Convenções SulAmérica, na capital fluminense, em 22 de julho.
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As passagens custaram R$ 3.720. No entanto, não foram as únicas. Ao todo, Onyx teve reembolso de mais de 70 bilhetes com origem ou destino para os aeroportos do Rio e de São Paulo, somando R$ 100 mil. A informação está disponível no sistema da Câmara e foi divulgada nesse domingo (30) pelo jornal 'Folha de S. Paulo'.
De acordo com as regras, a verba que o congressista tem para atividades do dia a dia não pode ser usada para fins eleitorais, sendo “destinada a custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”, segundo a Mesa Diretora.
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Como observado pela reportagem, o deputado usou a verba parlamentar também para ir a Juiz de Fora (MG), quando o então candidato foi esfaqueado, em 6 de setembro. No dia seguinte, Onyx foi para São Paulo acompanhando Bolsonaro, que foi transferido para o hospital Albert Einstein.
As solicitações de reembolsos de passagens aéreas aumentaram à medida em que se intensificou a campanha. Também foram recebidos reembolsos de passagens de assessores que acompanharam Onyx em viagens.
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O governo de Bolsonaro garante que vai trabalhar para reduzir gastos públicos. Onyx disse em entrevista na semana passada que abrirá mão de seu cartão corporativo.
“Eu vou abrir mão do meu cartão corporativo. Mas acabar com ele ainda é uma coisa que vai ser discutida. Aquela coisa de pagar jantar, pagar vinho, pagar uísque não sei quantos anos, nesse governo não vai ter não”, disse. “Eu vou dar meu exemplo pessoal. Desde que eu fui nomeado ministro da transição, eu poderia ter usado avião da FAB, eu nunca fiz isso”, completou.
A 'Folha de S. Paulo' questionou o futuro ministro sobre os gastos, mas não obteve resposta.
Bolsonaro também já usou verba parlamentar em viagens durante a sua pré-candidatura, em 2017 e no começo de 2018. À época, o chefe de gabinete dele informou que o deputado não estava em campanha e que as despesas ressarcidas “foram realizadas em consonância com os preceitos legais e regimentais.”