© Ricardo Moraes/Reuters
Jair Bolsonaro (PSL) foi empossado como o novo presidente da República do Brasil. As solenidades de posse foram realizadas no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (1º).
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Bolsonaro é o primeiro militar eleito presidente democraticamente e o 38º presidente eleito da história do país. Ele recebeu 57,8 milhões de votos no 2º turno.
Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o militar deixou a Granja do Torto por volta das 14h20 desta terça-feira (1º). Eles foram saudados com gritos de "Mito" e "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" (slogan da campanha) dos presentes.
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O comboio presidencial seguiu para a Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde se encontrou com o vice-presidente Hamilton Mourão.
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De lá, saíram em direção ao Congresso Nacional. O deslocamento foi realizado em carro aberto, no veículo Rolls-Royce da Presidência (foto).
Solenidade no Congresso Nacional
A sessão de posse de Bolsonaro foi aberta pouco depois das 15h pelo senador Eunício Oliveira, que preside a Casa.
Em breve discurso - com cerca de 10 minutos, o novo presidente do Brasil agradeceu aos presentes e também a Deus, que, segundo ele por meio das mãos dos médicos da Santa Casa de Juiz de Fora (MG), "operaram um verdadeiro milagre" - em referência ao ataque a faca sofrido durante campanha.
Bolsonaro se disse fortalecido e aproveitou para convocar os congressistas para reerguer o Brasil e resgatar a esperança dos brasileiros.
Temos uma oportunidade única de reconstruir o nosso país."
O presidente afirmou ter montado uma equipe técnica, "sem o tradicional viés político", que teria culminado em corrupção.
Sobre a economia, ele disse que o governo não vai gastar mais do que arrecada e que fará "reformas estruturantes".
Bolsonaro voltou a afirmar que "o Brasil será livre das amarras ideológicas". Ele também prometeu respeitar todas as religiões e as "tradições judaico-cristãs". O novo presidente falou ainda em "valorizar a família" e em "combater a ideologia de gênero".
Ao abordar o tema educação, o presidente reafirmou que as escolas vão preparar os jovens "para o mercado de trabalho e não para a militância política".
Em referência aos policias, ele prometeu valorizar os que "sacrificam suas vidas" para garantir a segurança de todos.
Bolsonaro concluiu o seu discurso com o seu famoso slogan de campanha: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
Divulgação/Agência Brasil
Na sequência, Eunício também discursou. A sua fala teve um tom de despedida, visto que ele não se reelegeu para o cargo de senador.
Após a solenidade no Congresso, Bolsonaro seguiu para o gabinete de Eunício. Na saída, houve nova exibição do Hino Nacional e os tradicionais 21 tiros de canhão.
Bolsonaro ainda passou em revista às tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, enquanto aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoavam o local.
Foto de Pilar Olivares/Reuters
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No Palácio do Planalto
Aos gritos de "Ô, o capitão chegou", vindos de eleitores que foram prestigiar a posse, o presidente seguiu com o cortejo para o Palácio do Planalto, onde recebeu a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Michel Temer.
Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
A primeira-dama fez um discurso de agradecimento em libras, o que foi considerado um dos principais diferenciais da solenidade. Michelle afirmou ser um privilégio poder trabalhar pelos que precisam e agradeceu a todos os brasileiros que oraram pelo seu marido após o atentado.
Em seguida, Bolsonaro iniciou um novo discurso, desta vez diretamente para os eleitores, afirmando que "servir a pátria como chefe do executivo" "não tem preço" e que "isso só está sendo possível porque Deus preservou a minha vida e vocês acreditaram em mim".
O presidente afirmou que hoje é "o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo", do "gigantismo estatal" e do "politicamente correto". "Vamos colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu", completou.
Temos uma grande nação para reconstruir, e isso faremos juntos. Os primeiros passos já foram dados. Graças a vocês eu fui eleito com a campanha mais barata da história."
Bolsonaro fala em combater "ideologias nefastas" e em "reestabelecer padrões éticos e morais", combater "ideologias nefastas" e "reestabelecer padrões éticos e morais".
O brasileiro pode e deve sonhar. Sonhar com uma vida melhor, com melhores condições de usufruir do fruto de seu trabalho pela meritocracia."
"Agradeço a Deus por estar vivo e a vocês que oraram por mim e por minha saúde nos momentos mais difíceis", disse Bolsonaro, que concluiu o discurso novamente com o slogan da campanha: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Os presentes respondem com gritos de "mito".
Pouco antes de se retirar, Bolsonaro mostra uma bandeira do Brasil e diz: "Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha. Só será vermelha se tiver o nosso sangue para manter ela verde e amarela", quando é fortemente aplaudido.
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O que acontece depois
O presidente dirigiu-se para dentro do Palácio do Planalto, onde recebeu autoridades internacionais. Posteriormente, serão empossados os 22 ministros do primeiro escalão do novo governo.
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