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Em seu primeiro discurso como governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) defendeu a necessidade de superação da polarização na política gaúcha e prometeu trabalhar na construção de consensos para a implementação de uma agenda de ajuste fiscal e de recuperação da economia do estado.
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Leite iniciou o discurso citando o escritor gaúcho Tiago Mattos ao dizer que "não estamos vivendo uma era de mudanças, estamos vivendo uma mudança de eras".
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Apesar da promessa de mudança, Leite repetiu seu antecessor José Ivo Sartori (MDB) ao prometer uma agenda de ajuste fiscal baseada em privatizações e cortes na máquina pública. Segundo ele, decretos visando cortes de gastos serão publicados no Diário Oficial do Estado já nesta quarta-feira (2) e reformas estruturantes serão feitas nos primeiros 100 dias de seu governo. "O inadiável ajuste fiscal somente será possível com engajamento e compartilhamento de todos", disse.
Leite alfinetou o seu antecessor ao dizer que é preciso "mais do que governar o caixa do governo". "Enquanto as famílias e empresas não se recuperarem, o caixa também não se recupera", afirmou, acrescentando que o ajuste fiscal é um meio, não "um fim em si mesmo".
Ele falou de sua vontade de trabalhar em conjunto com Jair Bolsonaro e citou Barack Obama, ao dizer que "o cargo mais importante não é de presidente ou de governador, é de cidadão".
Também defendeu valores da social-democracia. "Ao contrário do que dizem por aí, a social-democracia não morreu, ela vai estar viva e forte no Rio Grande para construir um estado altivo e ativo".
Leite também deve empossar o seu secretariado ainda na tarde desta terça-feira. Com informações da Folhapress.