Ex-juiz, Witzel pede paciência a Judiciário ao assumir governo do Rio

Governador quer segurança jurídica para gerir orçamento durante sua gestão

© Fernando Frazão/Agência Brasil

Política Ações 02/01/19 POR Folhapress

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), pediu nesta quarta-feira (2) compreensão do Poder Judiciário e do Ministério Público nas ações que interferem na execução do orçamento.

PUB

Ex-juiz, Witzel recebeu a faixa de governador do ex-vice-governador Francisco Dornelles (PP) - o antecessor, Luiz Fernando Pezão (MDB), está preso e foi afastado do cargo em dezembro.

+ Índio e quilombola são explorados e manipulados por ONGs, diz Bolsonaro

"É preciso certa compreensão do Tribunal de Contas do Estado e do nosso Poder Judiciário. Muitas são as ações que hoje questionam os limites constitucionais. Mas é preciso entender que é preciso ter possibilidade material sob pena de se afrontar o artigo 2º da Constituição", disse Witzel, em referência à harmonia entre os três Poderes da República.

Ao longo da crise financeira, Pezão foi alvo de três ações de improbidade administrativa para garantir o gasto do mínimo de 12% do orçamento em saúde, como determina a Constituição estadual. A regra foi descumprida em razão da grave crise financeira do estado, e as ações buscavam interferir na execução dos orçamentos.

"Nós vamos respeitar os nossos tributos porque atrás deles existe o suor dos empresários, dos trabalhadores, para que possamos prestar o melhor serviço público. Mas há que se ter possibilidade material. Não se pode cumprir formalmente, quando não se tem materialmente", disse o governador, empossado nesta terça-feira (1º).

"Sei o quanto anseia, tanto o Ministério Público quanto o Poder Judiciário, principalmente diante de tantos escândalos, de fazer que o orçamento seja respeitado. Mas peço que levem às vossas instituições uma palavra a fim de que nós possamos ter um pouco mais de paciência. O governo que se inicia tem um compromisso absoluto com o dinheiro público", disse Witzel.

Após entregar a faixa, Dornelles afirmou que o estado viveu "momentos de agonia" com os arrestos judiciais e os promovidos pela União, em razão de atraso no pagamento de dívidas. O ex-vice-governador fez elogios a Pezão pela assinatura do regime de recuperação fiscal, que suspendeu o pagamento de juros da dívida.

"O [ex-]governador Pezão, com enorme paciência e persistência, e com a intervenção do [ex-]presidente Temer e Rodrigo Maia, conseguiram com grande esforço assinar o regime de recuperação fiscal, que proibiu arrestos.

O estado do Rio de Janeiro vive grave crise financeira desde 2015. Em 2016 foi decretada calamidade pública na administração pública, renovada sucessivamente e válida até o fim deste ano. A lei permite o descumprimento de alguns itens da lei de responsabilidade fiscal.

Apesar do alívio do regime de recuperação fiscal, o orçamento deste ano tem um déficit previsto em R$ 8 bilhões. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Escândalo Há 19 Horas

Diddy teria obrigado funcionário a limpar "sangue e urina" das orgias

mundo Cazaquistão Há 20 Horas

Homem que filmou despedida à mulher durante queda de avião sobreviveu

economia Aposentados Há 15 Horas

Aposentadorias do INSS com reajuste serão pagas entre 27 de janeiro e 3 de fevereiro

brasil Urgência Há 18 Horas

Avião da Latam declara emergência após decolar de Brasília e faz pouso forçado

esporte Violência Há 12 Horas

Cunhado da irmã de Endrick, do Real Madrid, é morto a tiros no Distrito Federal

fama Despedida Há 13 Horas

Familiares e amigos se despedem de Ney Latorraca

economia Trabalhadores Há 20 Horas

Salário mínimo subirá R$ 106 e novo valor passará a ser de R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro

fama Saúde Há 20 Horas

Preta Gil continua na UTI, mas apresenta melhora e já se alimenta por via oral

fama Ariana Grande Há 19 Horas

Sete anos depois da tragédia em Manchester, Ariana Grande faz doação

economia Trabalho escravo Há 20 Horas

Operários resgatados na BYD na Bahia devem voltar à China em janeiro