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A compra de tubos em ferro fundido e PVC é para a instalação de 53 quilômetros de adutoras e 406 quilômetros de troncos de distribuição, a construção de 12 elevatórias e dez reservatórios, além da reforma de sete reservatórios.
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As obras na região metropolitana do Rio devem começar em janeiro próximo e incluem a construção do Complexo Guandu 2, para o qual foi obtido empréstimo de R$ 3,4 bilhões com a Caixa Econômica Federal. Os governos federal e estadual assinaram o financiamento do novo complexo, que deve aumentar o fornecimento em 12 mil litros por segundo.
Os contratos de construção já estão em licitação e as obras terão início imediatamente depois que forem assinados. A previsão do governo é beneficiar Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti. O governador Luiz Fernando Pezão assinou a compra dos tubos ontem (4) com o presidente da Cedae, Wagner Victer, e disse que a intervenção atende a pedidos dos moradores da região.
A falta de água é um problema conhecido em parte da Baixada Fluminense. Roberto Dantas, de 33 anos, não sofria com a falta de abastecimento em sua casa, em Belford Roxo, mas passou a ter de contorná-la quando inaugurou um restaurante em Vilar dos Teles, na cidade vizinha São João de Meriti.
"Todo domingo falta água. A gente já reclamou, mas o problema não é só comigo. Os vizinhos dizem que aqui sempre foi assim", diz ele, que teve que se precaver: "Durante a semana, a gente enche galões de água para usar no domingo. Em vez de copos de vidro, passamos a usar os descartáveis, porque é uma das poucas coisas que a gente pode abrir mão de lavar".
Em Duque de Caxias, Ulisses Tavares, de 36 anos, conta que não tem sofrido com o problema recentemente, mas, dado o histórico da sua rua, já está preocupado para o verão: "Não sei se é por que o consumo é maior, mas quando chega o verão, começa a faltar água. A gente chega a ficar cinco dias, ou uma semana sem. Todo ano é assim".