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Esta não é a primeira vez que G. foge de casa. O garoto já tinha ‘estacionado’ anteriormente na cidade de São Paulo, mas com ajuda dos habitantes locais, resolveu voltar a casa. No entanto, o gesto cometido em agosto em pouco ou nada ajudou, visto que G. voltou ao sítio de onde saiu.
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“Quando vi, não acreditei. Falei: ‘o que você está fazendo aqui?’”, conta a psicóloga Luciana Sodré Cardoso, 44 anos. “Estava tudo resolvido com final feliz. Mas ele voltou”, diz.
A psicóloga, que hoje mantém contato com a mãe de G. via Facebook, declarou que o garoto sofre de hiperatividade e déficit de atenção e, por isso, vivia sob efeito de remédios. “A meu ver, como profissional, ele não precisa de remédio. Ele precisa de um tratamento alternativo, algum lugar que tenha uma proposta mais humanizada. Ele não tem o perfil de quem vai se adaptar a uma escola tradicional”, sugere.
No que diz respeito ao futuro, G. só tem um pedido. “Eu quero ser adotado”, responde G. à reportagem quando questionado sobre o futuro. Mas e depois? “Depois? Depois vou obedecer a família”, diz. E por que você fugiu de casa? “Ah, é complicado lá, tia”, diz, encerrando o assunto.