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O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ainda não respondeu ao convite do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para prestar depoimento na quinta-feira (10), apesar de ter feito uma declaração afirmando que está 'à disposição das autoridades' para contribuir com as investigações sobre o ex-assessor Fabrício Queiroz.
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Por ser parlamentar, Flávio Bolsonaro pode escolher a data que deseja ser ouvido, o que também não fez, segundo o MP-RJ.
O convite foi realizado no dia 21 de dezembro, data em que Queiroz faltou pela segunda vez à oitiva marcada pelo MP-RJ, alegando motivos de saúde. Dias depois, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro apareceu em entrevista ao SBT e alegou ser um 'homem de negócios'.
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De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi registrada a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, a movimentação foi considerada atípica pelo conselho. Queiroz recebeu periodicamente em sua conta no banco transferências e depósitos de oito pessoas, todos os depositantes trabalham ou já trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.
A suspeita é de que haviam desvios mensais dos salários de seus assessores, mas até o momento não existem provas que incriminem Flávio Bolsonaro.
Entre as muitas movimentações atípicas na conta de Queiroz está a compensação de um cheque de R$ 24 mil pago a primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de saques fracionados em espécie. Jair Bolsonaro afirmou que o cheque é parte do pagamento de uma dívida de R$ 40 mil.