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O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que seu mandato será compatível com o interesse de acionistas minoritários e considerará vender ativos que não tenham relação com as principais atividades do banco.
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Em cerimônia de posse na sede do Banco do Brasil, em Brasília, Novaes afirmou que o banco é servo de dois patrões, o acionista privado e o governo, detentor do controle e que isso nem sempre resultou numa relação harmoniosa.
"Se vantagens o banco tirou por ser o prestador preferencial de serviços a instituições públicas, não foram poucas as vezes que recebeu o ônus de interferências políticas indevidas", afirmou.
"Este é o drama de todas as empresas estatais de capital aberto, uma anomalia, na medida em que subordina a administração a dois patrões que raramente comungam de objetivos comuns", disse.Novaes, no entanto, afirmou que pretende mudar essa balança em favor do investidor privado.
"Felizmente, eu estou livre desse drama, meu mandato que recebo é plenamente compatível com interesse dos minoritários, mas isso veremos mais adiante", afirmou.
Aos funcionários, disse que não faria perseguições aos que trabalharam em administrações anteriores e aos que não compartilham de ideias liberais, mas ressalvou que os que agiram contrariamente aos interesses do banco e participaram de atos de corrupção serão responsabilizados.
Novaes afirmou que pretende privatizar parte do banco, mas rejeitou críticas de que venderá as joias da coroa.
"Ativos que não guardam sinergias com as atividades principais do banco, nestes casos, consideraremos o desinvestimento", afirmou.
Em outras, ele disse que pretende buscar "parceiros complementares".
"Para destampar e evidenciar valores antes despercebidos ou desconsiderados nos registros contábeis", afirmou. Com informações da Folhapress.