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Cardozo negou que a carta de demissão entregue pela ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, em que ela opinou sobre a condução da política econômica do governo, tenha acelerado o “acordo simbólico” dos ministros.
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“[A carta] não [influenciou]. Isso já vinha de algum tempo, alguns ministros, eu, o ministro [Aloizio] Mercadante, a ministra Míriam [Belchior], tínhamos conversado que seria natural, quem quisesse, colocasse o cargo à disposição como um gesto de cada um de nós para mostrar que cabe a ela [presidenta Dilma] escolher, da melhor forma, a futura equipe”, argumentou o ministro.
Cardozo, que já entregou a carta colocando o cargo à disposição, disse que o gesto demonstra que os ministros defenderão “o governo, estando nele ou não”. “Agora, quem quiser que faça, os cargos são providos por ela mesmo, é apenas um gesto simbólico, como uma referência de que estamos dentro do projeto independentemente de estarmos no governo”, explicou Cradozo.
Ontem (12), o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que “de dez a 15” ministros já haviam entregue suas cartas colocando os cargos à disposição da presidenta. Assim com Cardozo, Mercadante disse tratar-se apenas de uma formalidade sugerida por ele e outros colegas, e não uma obrigação.
Na manhã ontem, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, antecipou à Agência Brasil que entregará no próximo dia 18 a sua carta à presidenta Dilma colocando o cargo à disposição.