© Ueslei Marcelino/Reuters
A defesa do ex-presidente Lula entregou na noite desta segunda-feira (7) as alegações finais na ação penal do sítio de Atibaia (SP), em que é acusado de corrupção e lavagem.
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Os advogados pedem a absolvição e criticam o ex-juiz Sergio Moro, a atual juíza responsável, Gabriela Hardt, e o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A entrega desse documento é a última fase antes da publicação da sentença por Hardt no caso.
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Os advogados produziram um documento de 1.634 páginas e 23 documentos anexos.
Um dos principais argumentos da defesa é a suposta parcialidade de Moro, que comandou o caso até novembro, quando deixou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro.
A defesa, comandada pelo advogado Cristiano Zanin, voltou a afirmar que o ex-presidente é vítima de "lawfare" -uso de instrumentos jurídicos para perseguição política.
Cita ataques de Bolsonaro a Lula ao longo da campanha eleitoral, como a declaração de que iria "fuzilar a petralhada", para reforçar a contestação à nomeação de Moro para o governo.
"A pessoa que aceitou comandar o 'Ministério da Justiça ampliado' do presidente eleito -o mesmo que afirmou que o defendente [Lula] irá 'apodrecer na cadeia' e que seus aliados serão presos se não deixarem o país e o juiz que tomou diversas medidas ilegais e arbitrárias contra o defendente com o objetivo de promover o desgaste da sua imagem", diz trecho do documento.
Lula está preso em Curitiba desde abril em decorrência de condenação em outro processo da Lava Jato, sobre o tríplex em Guarujá (SP) reformado pela OAS. Com informações da Folhapress.