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A troca de farpas entre a Itália e a França que já dura meses ganhou um novo capítulo nesta semana. Os líderes do Movimento 5 Estelas (M5S) e da Liga Norte, que formam o governo italiano, demonstraram apoio aos protestos dos coletes amarelos na França, os quais ameaçam a Presidência de Emmanuel Macron. Em um post na web, o vice-premier e membro do M5S, Luigi Di Maio, pediu que os manifestantes franceses "não desistam e continuem a luta" contra as políticas sociais e econômicas de Macron.
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Já Matteo Salvini, ministro do Interior, vice-premier e membro da Liga Norte, foi mais direto e teceu críticas explícitas a Macron. Ele disse que apoia "os cidadãos honestos que protestam contra um presidente que governa contra seu povo. Como outros governos, o da França pensa, sobretudo, em representar os interesses das elites".
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"O governo de Macron não está à altura das expectativas, e algumas políticas implementadas são realmente perigosas, não só para os franceses, mas para toda a Europa", criticou Salvini.
As autoridades francesas, por sua vez, rebateram os italianos. O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, afirmou que os dois "deveriam cuidar da política interna italiana antes de falar sobre as questões francesas".
Em seu perfil no Twitter, a ministra de Assuntos Europeus da França, Nathalie Loiseau, disse que seu país "tem cuidado para não dar lições à Itália". "Salvini e Di Maio deveriam aprender a limpar a casa antes de falar". Di Maio voltou a responder, alegando que "Macron se esquecia de já ter comparado o governo italiano com lepra".
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A briga ultrapassou a fronteiras e chegou nesta terça-feira (8) à Comissão Europeia. "Não fazemos comentários sobre outros comentários. Muito menos quando vêm de comentaristas oficiais.
Mas a Comissão Europeia apoia o presidente Macron e as autoridades francesas em relação aos 'coletes amarelos'. Eles têm nossa confiança para colocar em vigor o programa pelo qual o presidente foi eleito", disse o porta-voz do presidente Jean-Claude Juncker. Histórico - As críticas e trocas de farpas entre o governo italiano e Macron começaram em 2018, durante impasses sobre a crise imigratória.
Macron chegou a se declarar o "principal adversário" de Salvini e o chamou de "hipócrita falastrão". O italiano, por sua vez, disse que o francês "se excede no champanhe". (ANSA)