© Reprodução / SBT
A defesa de Fabrício Queiroz informou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta terça-feira (8), que o ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia realizada no último dia 1º de janeiro.
PUB
De acordo com o jornal “O Globo”, o documento diz que Queiroz foi diagnosticado com um tumor maligno no intestino e que ele passará por uma nova avaliação médica, que vai avaliar o tratamento quimioterápico ideal para o caso do paciente.
Neste mesmo documento encaminhado ao MP pela defesa de Queiroz, consta a informação que a esposa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Márcia Aguiar, e as filhas do casal, Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, não vão depor ao órgão nesta terça, sob a alegação de que elas se mudaram para São Paulo a fim de acompanhar o tratamento dele.
Fabrício Queiroz (reprodução)
Ainda segundo o jornal carioca, Márcia e Nathália também trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro. Nathália também chegou a trabalhar no gabinete do então parlamentar Jair Bolsonaro. Já Evelyn ainda é lotada no gabinete de Flávio, que foi eleito senador no último pleito.
Como se sabe, Queiroz foi citado em um relatório apresentado pelo Conselho de Controle de Atividades (Coaf). Segundo o documento, anexado à investigação que resultou na Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no Rio, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro movimentou R$ 1,2 milhão em uma conta bancária no período de um ano, o que foi considerado atípico. Na época, ele recebia salário de R$ 23 mil mensais.
Além disso, o relatório do Coaf diz que Queiroz repassou R$ 24 mil para primeira-dama Michelle Bolsonaro. Sobre este valor, o presidente Jair Bolsonaro disse que faz parte da quitação de um empréstimo feito por ele ao ex-assessor do filho.
Nas duas ocasiões em que deveria depor ao MPRJ, Fabrício Queiroz não compareceu, alegando problemas de saúde. A defesa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro diz que ele estará à disposição para prestar depoimento “tão logo tenha autorização médica”.
Leia também: Bolsonaro usa o próprio nome em peça do governo