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Os 108 relatórios divulgados pelo Coaf, que surgem os nomes de 4.322 pessoas e de 4.298 empresas, mostram que entre 2011 e 2014 esse grupo massivo esteve envolvido na movimentação de R$ 23,7 bilhões, uma parte ligada ao esquema ilegal, resultado de negócios realizados pela Petrobras.
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Os documentos são alertas criados pela entidade para monitorizar as movimentações financeiras irregulares do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor Paulo Roberto Costa, assim como das empreiteiras e outras pessoas e empresas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção.
O Coaf alerta, no entanto, que os relatórios mostram valores absolutos e segue as movimentações de dinheiro. Nesse sentido, a mesma pessoas ou a mesma empresa, aparece mais que uma vez nos documentos. O relatório é baseado em saques e depósitos feitos pelos investigados entre 2011 e 2014.
Foi com base nesses relatórios que, a 17 de março desse ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato e que, na última sexta-feira (14), na sétima fase da investigação, contou com mais 24 prisões. Os analistas do Coaf investigam as movimentações desde 2011, ligadas a pessoas que não teriam capacidade ou autorização para as fazer.
“A gente acha que tem alguma coisa estranha acontecendo e manda os relatórios para PF e MP. A investigação criminal é que vai constatar se houve ou não crime. Foi assim no mensalão. E está sendo assim agora nessa operação, que ganhou uma dimensão enorme”, disse Antonio Gustavao Rodrigues, presidente da Coaf, ao jornal “O Globo”.