© Divulgação/Nasa/CXC/M.Weiss
Um telescópio da Estação Espacial Internacional captou vestígios de um buraco negro "devorando" uma estrela. As imagens foram feitas em março do ano passado, analisadas por astrônomos e divulgadas nesta quarta-feira (9).
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O buraco negro MAXI J1820+070 fica a 10 mil anos-luz da Terra, o que é considerado "perto" pelos cientistas. As suspeitas começaram após detectado um imenso jato de luz de raios-x.
Como publicado pela 'BBC Brasil', após análise das imagens, os astrônomos verificaram que se tratava de um buraco negro em meio a uma explosão, quando ele emite rajadas de energia, ao mesmo tempo que absorve gás e poeira de uma estrela próxima.
A análise do fenômeno resultou em novas evidências sobre como os buracos negros evoluem durante uma explosão. A descoberta foi anunciada em encontro da Sociedade Americana de Astronomia, que aconteceu nessa quarta-feira (9), em Washington.
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As imagens coletadas mostram o buraco negro consumindo material estelar e, enquanto isso ocorre, sua coroa encolhe significativamente. No caso observado, ele caiu de uma extensão de cerca de 100 quilômetros a apenas 10 quilômetros em pouco mais de um mês.
O fenômeno nunca tinha sido identificado pela ciência. "É a primeira vez que observamos esse tipo de evidência, de que a coroa está diminuindo durante essa fase da explosão", conta o astrônomo Jack Steiner, do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT, ao site. Ele completa dizendo que a coroa ainda é "bastante misteriosa", "mas agora temos evidências de que a evolução do sistema é baseada na estrutura da própria coroa".