Lojas vendem produtos 'fora da caixa' com desconto de até 40%

Itens à venda foram devolvidos por compradores online e podem ter pequenos defeitos

© Paulo Pinto / Fotos Públicas

Economia COMÉRCIO 13/01/19 POR Folhapress

Muitos consumidores podem não saber, mas, ao comprar um produto fora da loja (por telefone ou pela internet, por exemplo), existe um prazo de sete dias corridos para a desistência, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

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É o que ocorre quando o comprador se dá conta, ao abrir a embalagem, de que o produto veio trocado ou com defeito. A mercadoria devolvida é conhecida como "open box" ou, de forma mais técnica, "logística reversa de comércio eletrônico".

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Como não podem mais ser vendidos como novos, é comum que esses produtos sejam negociados por um preço muito mais baixo para lojas específicas, como é o caso da Armazém7, na Mooca, zona leste de São Paulo.

No estabelecimento, é possível achar produtos que custam até 60% do valor de mercado (como algumas opções de móveis), ou de 70% a 80% (para itens da linha branca, como geladeiras).

Todas as mercadorias têm garantia do Armazém7 e uma etiqueta que especifica qual é o defeito, justificando o preço menor.

Um sofá American Comfort Aruba Suede, de dois lugares, com um pequeno defeito de costura no braço esquerdo, custa R$ 379 (o preço original era de R$ 429). Dá até para chegar a um valor mais baixo.

"Somos muito flexíveis porque sabemos que nosso cliente tem um perfil chorão", diz o vendedor Felipe Marsili.

O advogado Edemar Antonio Gallo, 71, é cliente cativo e, entre os produtos que já adquiriu na loja, estão ventilador, televisão e geladeira.

"Compro aqui desde que a loja abriu e sempre tem oportunidade. A dica é fazer amizade com o vendedor para ficar sabendo", diz.

A operadora de telemarketing Verônica Félix, 18, foi ao local com o namorado para procurar itens que eles vão precisar para morar juntos.

"Máquina de lavar é o que vimos mais barato. Se o defeito for externo, a gente nem liga."

A reportagem encontrou pelo menos mais quatro redes desse tipo na capital.

De acordo com o Procon-SP, não há problema na prática, desde que os estabelecimentos garantam alguns direitos básicos do consumidor, como oferecer nota fiscal para possível troca e informar claramente o defeito. Com informações da Folhapress.

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