© Alan Santos/PR
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A Petrobras informou nesta segunda-feira (14) que o governo Jair Bolsonaro indicará três nomes para compor o conselho de administração da estatal, conseguindo renovar parte do colegiado mesmo antes do fim dos mandatos do grupo nomeado por Michel Temer em 2018.
Um dos nomeados por Bolsonaro é o ex-comandante da Marinha, o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que será indicado para presidir o colegiado. Desde 2015 não havia militares no conselho da Petrobras.
As mudanças promovidas na estatal foram possíveis pela renúncia de três dos conselheiros indicados por Temer, cujos mandatos venceriam apenas em 2020. Segundo o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, a renovação representa uma "nova era" na gestão da estatal.
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Além do almirante Leal Bacellar, foram indicados o geólogo John Forman e o economista João Cox. Com os três, Bolsonaro terá indicado quatro das oito cadeiras que o governo tem no colegiado, pois já nomeou também o presidente da companhia Roberto Castello Branco.
Para as outras três cadeiras, dois nomes são indicados por acionistas minoritários e um, pelos empregados da companhia.
"Foi um ciclo que se encerrou. Uma nova era se inicia com visão estratégica de longo prazo e objetivo de geração de valor para os acionistas e para o Brasil. As modificações na administração da Petrobras refletem anova orientação", afirmou, em comunicado, o presidente da estatal,
As trocas só foram possíveis com as renúncias de executivos nomeados por Temer em 2018 para mandatos de dois anos -ou seja, só sairiam em 2020. O ex-presidente do conselho, Luiz Nelson Guedes Carvalho, e o advogado Francisco Petros renunciaram no início do ano.
Nesta segunda, Durval Soledade informou à companhia que também abre mão do cargo -ele permanecerá como membro do Comitê de Minoritários e do Comitê de Auditoria Estatutária da empresa. O governo estaria pressionando ainda pela renúncia do engenheiro naval Segen Estefen, que está no conselho desde 2015.
Leal Ferreira é o primeiro militar a ter assento no colegiado desde o general Francisco de Albuquerque, que representava o Exército nos governos petistas. Em 2015, em meio à fase mais dura da crise da companhia, Dilma renovou o colegiado colocando apenas executivos reconhecidos pelo mercado no lugar de pessoas ligadas ao governo.
Forman é um consultor reconhecido no setor de petróleo, com carreira acadêmica na UFRJ e passagem pela ANP durante o governo Lula. Cox é economista e tem experiência em conselhos de administração. Atualmente, preside o conselho da TIM.
Em nota, a Petrobras disse que as indicações serão submetidas aos procedimentos de governança da companhia, incluindo análises de integridade dos nomeados. Depois, serão levadas a assembleia geral de acionistas. prometendo preservar as normas de governança estabelecidas por conselhos anteriores. Com informações da Folhapress.