© Max Rossi / Reuters
Preso na Penitenciária de Massama, em Oristano, na Sardenha, Itália, o ex-terrorista Cesare Battisti, de 64 anos, disse que está “mudado” e “doente”. As palavras dele foram ditas a policiais que o acompanharam durante a detenção. Ele recebeu a visita do advogado Davide Steccanella que o defenderá no país.
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"Estou doente, estou mudado", afirmou Battisti, acrescentando que se sente um "homem derrotado". De acordo com policiais, o italiano compreendeu que tem de passar anos na prisão.
Battisti foi capturado sábado (12) à noite enquanto caminhava pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi resultado de uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de brasileiros. O italiano foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas durante os anos de 1970. Ele se diz inocente.
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Segundo um vídeo feito no momento da prisão, o italiano usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.
No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo STF.
Agora, o presidente Jair Bolsonaro elogiou a operação feita na Bolívia e conversou por telefone com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro.
Nos últimos dias da gestão de Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.