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O volume do setor de serviços brasileiro ficou estável em novembro, na comparação com outubro, completando o segundo mês consecutivo nessa situação, informou o IBGE nesta quarta-feira (16).
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Em relação a novembro de 2017, houve avanço de 0,9%, quarta taxa positiva seguida, o que não acontecia desde 2014, segundo o IBGE.
De janeiro a novembro de 2018, o setor ainda acumula queda, de 0,1%. Mas os 12 meses até novembro passaram a demonstrar estabilidade, encerrando uma sequência de 41 meses de taxas negativas nessa base.
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De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor não costuma mostrar uma volatilidade tão grande quanto a apresentada nos meses logo após a paralisação dos caminhoneiros do fim de maio.
"Agora, o setor está 0,2% acima de abril, o período pré-greve, e 0,3% abaixo de dezembro de 2017. Ou seja, com todo o distúrbio da greve, é como se essa parte da economia não tivesse se movimentado em relação ao fim do ano passado", afirma.
A estabilidade veio mesmo com quatro das cinco atividades pesquisadas apresentando ligeiras altas em relação a outubro. Apenas o grupo de outros serviços encerrou novembro com variação mensal negativa: -0,2%.
O principal impacto positivo, de acordo com o IBGE, foi de serviços de informação e comunicação, que subiram 0,8% em novembro e acumulam alta de 1,4% nos últimos 3 meses.
"Nesse mês em particular, a atividade foi impulsionada pela edição integrada à impressão de livros, que teve aumento de produção de materiais didáticos para 2019. O segmento de telecomunicações também teve pressão positiva", diz Lobo.
O segundo impacto positivo foi de transportes, com variação de 0,3% em novembro, mas ainda sem recuperar a perda acumulada dos últimos dois meses (-0,9%). O crescimento foi sustentado pelo armazenamento de mercadorias, impulsionado pela Black Friday, e pelo transporte aéreo de passageiros, complementou o gerente da pesquisa.
Cresceram também em novembro os serviços prestados às famílias e os profissionais, administrativos e complementares (+0,1%).
Regionalmente, porém, a maioria dos locais encerrou novembro com desempenho abaixo de outubro. Das 27 unidades da federação, 20 tiveram queda, embora isso tenha sido compensado, em grande parte, pelo crescimento de 0,7% de São Paulo, observa o IBGE.
"O que acaba puxando o setor de serviços para a estabilidade é São Paulo, que está no campo positivo, enquanto há uma predominância de variações negativas nos outros estados. Isso acontece porque São Paulo tem 43% do setor. O Rio de Janeiro, por exemplo, encerrou em baixa [-2,4%], mas tem apenas cerca de 15%", diz Lobo. Com informações da Folhapress.