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A Coreia do Norte propôs hoje (20) aos Estados Unidos um inquérito conjunto sobre o ataque virtual em massa contra o grupo Sony Pictures no final de novembro. O governo de Pyongyang assegurou não ter nenhuma responsabilidade em relação ao incidente.
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“Levando em conta que os Estados Unidos espalham alegações sem fundamento e nos difamam, nós propomos um inquérito conjunto”, destacou o ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano. “Sem ir até a tortura como fez a CIA norte-americana, nós temos meios para provar que não temos nada a ver com este incidente”, adiantou o ministério, citado pela agência oficial norte-coreana KCNA.
A Coreia do Sul também acusou hoje a Coreia do Norte de ser a responsável pelos ataques contra o grupo Sony Pictures, semelhantes a ataques sofridos por bancos e agências de notícias sul-coreanas no ano passado, que foram atribuídos a Pyongyang.
Seul indicou estar pronta a partilhar com Washington as informações ligadas ao ataque virtual contra a Sony e a reforçar a cooperação internacional para enfrentar novas ameaças na área de informática.
O Japão enviou mensagem semelhante. Um porta-voz do primeiro-ministro Shinzo Abe declarou que o governo japonês tem se comunicado estreitamente com os Estados Unidos e defende a posição norte-americana sobre a questão, sem se referir diretamente aos ataques virtuais.
O grupo Sony Pictures foi alvo no final de novembro de um ataque virtual reivindicado pelo grupo de piratas Guardians of Peace (GOP), durante o qual diversas informações foram roubadas e algumas divulgadas.
Este ataque forçou a Sony Pictures a anular a estreia do filme Uma Entrevista de Loucos, comédia satírica sobre um complô fictício da CIA para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un. O filme desencadeou a ira do regime comunista.
A Coreia do Norte continua a desmentir ter encomendado o ataque virtual que o FBI, polícia federal norte-americana, atribuiu-lhe claramente.