© Toby Melville/Reuters
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, sobreviveu a um voto de desconfiança no Parlamento britânico nesta quarta-feira (16), um dia depois de sofrer o maior revés de um chefe de governo naquele plenário, com a rejeição de seu plano para o "brexit", a saída do país da União Europeia (UE), por 230 votos.
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Na quarta, a margem foi bem mais estreita. Votaram a favor de seu governo 325 parlamentares; 306 preferiam uma troca de comando - uma diferença de apenas 19 votos.
Do outro lado do canal da Mancha veio mais uma boia de salvação para a líder conservadora. Com a anuência de Alemanha e França, burocratas europeus já desenham um plano para adiar até 2020 o desligamento britânico, por ora programado para 29 de março deste ano. A informação é do jornal inglês The Times.
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Além disso, o negociador-chefe pelo lado da UE, Michel Barnier, disse que, se May recuasse em algumas de suas "linhas vermelhas", como a oposição à permanência do Reino Unido na união aduaneira do bloco após o "brexit", os europeus poderiam "responder favoravelmente".
Mas a primeira-ministra indicou, na abertura do debate sobre o voto de desconfiança, que não pretende voltar atrás nesse ponto.
"O povo britânico votou pelo fim da livre circulação de pessoas [indo e vindo da Europa] e por uma política comercial independente. Cabe a este Parlamento garantir que entreguemos isso a ele", afirmou.
A união aduaneira impediria o governo britânico de fechar acordos comerciais por conta própria, comprometendo a independência preconizada por May. Com informações da Folhapress.