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Apenas 24 horas após brotar, a primeira planta a nascer na Lua morreu. O anúncio foi feito por cientistas ligados à missão realizada pela sonda chinesa Chang’e 4, nessa quarta-feira (16).
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Apesar de parecer uma má notícia, ela já era esperada, como explica o coordenador do experimento, o professor Xie Gengxin, da Universidade de Chongqing: a planta "não teria como sobreviver à noite lunar". Isto porque as noites no satélite terrestre duram cerca de duas semanas.
No último domingo (13), quando ficou noite onde a sonda estava, o equipamento entrou em hibernação para poupar energia.
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A revista 'Superinteressante' explica que o satélite natural não possui atmosfera para reter parte do calor do Sol e, por isso, a variação de temperatura é grande. Durante a noite, a temperatura chega a menos 170 graus. O vegetal não resistiu ao frio e à falta de luz solar.
Broto de algodão plantado na Lua pela Chang’e 4. Foto: Divulgação
Além do algodão, também foram levadas sementes de batata, um tipo de fermento e agrião, além de ovinhos de drosófila. O intuito dos cientistas era criar um micro-ecossistema, no qual as plantas forneceriam o oxigênio necessário para a sobrevivência das drosófilas, que se alimentariam do fermento e produziriam o dióxido de carbono que garantiria a fotossíntese dos vegetais. Segundo a agência espacial chinesa, não há risco de contaminação da superfície lunar, pois a estufa é lacrada.
Apesar do ecossistema não ter vingado, experimentos como este devem ocorrer mais vezes.