Atentado com carro-bomba mata ao menos dez em Bogotá

Presidente Iván Duque trata o caso como terrorismo

© Luisa Gonzalez/Reuters

Mundo Colômbia 17/01/19 POR Folhapress

A explosão de um carro-bomba deixou ao menos dez mortos e 54 feridos nesta quinta-feira (17) em Bogotá, capital da Colômbia, em um ato classificado como terrorista pelo governo. O incidente ocorreu dentro da Academia de Polícia General Santander às 9h30 locais (12h30 em Brasília), após uma cerimônia de promoção de oficiais. O veículo tinha 80 quilos de explosivos.

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O ataque é um dos mais graves já cometidos na capital colombiana desde a desescalada do conflito armado em razão do pacto de paz selado com a ex-guerrilha das FARC no final de 2016.

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Em uma mensagem nas redes sociais, o presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou que estava retornando para Bogotá com a cúpula militar "diante do miserável ato terrorista cometido na Escola General Santander contra nossos policiais". Ele estava em uma reunião sobre segurança na localidade de Quibdó, no oeste do país.

"Vamos ao local dos fatos. Dei ordens à Força Pública para que determine os autores desse ataque e os leve à justiça. Todos os colombianos rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo", disse ainda o presidente. "A Colômbia se entristece mas não se dobra diante da violência."

O autor do ataque foi identificado pela Procuradoria colombiana como José Aldemar Rojas Rodríguez, mas não foi informado se ele está envolvido em algum grupo armado.

Testemunhas relataram que ele chegou até a portaria da escola e, ao ficar detido pelos controles de segurança, acelerou o veículo e o jogou contra uma parede. O condutor também morreu.

Uma funcionária afirmou a uma rádio local que o veículo irrompeu de forma abrupta na academia, quase atropelando os policiais, e em seguida explodiu.

Imagens das TVs locais mostravam os restos de um carro incinerado.

As autoridades não souberam informar se as vítimas são civis ou militares, e nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Duque, que assumiu o poder em agosto de 2018, endureceu a política antidrogas no país e fixou condições para reativar os diálogos de paz com a guerrilha do Exército de Liberação Nacional (ELN).

Com cerca de 8 milhões de habitantes, Bogotá foi afetada por ações esporádicas de terror em 2017. Em fevereiro daquele ano, o ELN assumiu um atentado contra uma patrulha policial que deixou um morto e vários feridos. No mesmo ano, um ataque em um centro comercial de Bogotá deixou três mortos e vários feridos.

Os Estados Unidos ofereceram apoio à Colômbia na investigação e expressaram condolências pelo "repudiável" ataque e solidariedade com os familiares das vítimas. Com informações da Folhapress.

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