Fux deixa com Celso de Mello decisão sobre decreto de posse de armas

Esta é a quinta vez que uma medida do governo Bolsonaro é contestada na Suprema Corte

© iStok / robertprzybysz

Política SUPREMO 17/01/19 POR Estadao Conteudo

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, não viu urgência no pedido do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para suspender dispositivos do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que facilita as regras para o cidadão obter a posse de arma de fogo. Esta é a quinta vez que uma medida do governo Bolsonaro é contestada na Suprema Corte.

PUB

Fux está no comando do plantão do STF por conta das férias do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Ao não ver urgência na análise do pedido do PCdoB, Fux encaminhou o processo ao relator da ação, ministro Celso de Mello, que analisará o pedido do partido depois que o tribunal retomar suas atividades, em 1º de fevereiro.

+ Fux explica decisão sobre caso Flávio Bolsonaro: ‘Se eu não o fizesse…’

"A análise dos autos revela que o caso não se enquadra à hipótese excepcional do art. 13, inc. VIII, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal. Encaminhe-se o processo ao Ministro Relator. Publique-se", concluiu Fux, ao mencionar dispositivo do regimento interno do Supremo que trata sobre decisões de questões urgentes no período de recesso ou de férias.

Além do decreto sobre posse de armas, já foram judicializadas no Supremo a medida provisória que reestruturou pastas e extinguiu o Ministério do Trabalho - alvo de três ações no tribunal - e a promoção no Banco do Brasil de Antonio Mourão, filho do vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB).

O decreto de Bolsonaro torna possível adquirir até quatro armas, amplia o prazo de validade do registro de cinco para dez anos e, na prática, dispensa o cidadão de comprovar que tenha a "efetiva necessidade" de possuir armamento, o que era previsto pela legislação anterior.

Bolsonaro afirmou que esse é o "primeiro passo" no compromisso de campanha de garantir o "direito de defesa" da população. O aumento de acesso a armas, porém, é criticado por especialistas em segurança.

Adequado

Para o PCdoB, as normas do decreto atentam contra o princípio constitucional da "razoabilidade", "na medida em que não se revela adequado e razoável, que toda a população de um País possa ter até quatro armas em sua residência, ou no local de trabalho, caso seja titular ou responsável por estabelecimento comercial ou industrial".

O PCdoB também sustenta que Bolsonaro abusou de sua competência constitucional de regulamentar leis, invadindo a competência do Congresso Nacional de elaborar leis.

O decreto retirou do caminho de interessados em obter armas um requisito do Estatuto do Desarmamento, de 2003, visto pelo governo e pelo lobby armamentista como entrave para a aprovação de pedidos de registros - a comprovação de "efetiva necessidade". Sob o argumento de que havia espaço para subjetividade, o governo permitiu que o cidadão não detalhe por que precisa da arma e a autoridade responsável não faça análise individualizada.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 21 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

economia Dinheiro Há 2 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

brasil ACIDENTE-MG Há 22 Horas

Sobe para 41 o número de mortos em acidente entre ônibus e carreta em MG

fama HELÔ-PINHEIRO Há 22 Horas

Helô Pinheiro se emociona ao ouvir 'Garota de Ipanema' na voz de Seu Jorge

fama CHRIS-BROWN Há 21 Horas

Chris Brown transforma o Allianz em balada pop R&B

fama Kate Middleton Há 21 Horas

Kate Middleton grava mensagem especial de Natal

fama Patrick Swayze Há 16 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

fama Tragédias Há 19 Horas

Modelos que morreram em circunstâncias trágicas: Um caso recente

brasil PRAIA-AMBIENTE Há 22 Horas

Verão começa com 18 praias impróprias para banho em São Paulo

esporte FUTEBOL-SÃO PAULO Há 22 Horas

São Paulo conta com apoio de patrocinador master por reforço de peso