© Philimon Bulawayo/Reuters
Uma coligação de organizações de direitos humanos revelou nesta sexta-feira (18) que pelo menos 12 pessoas foram mortas e 78 baleadas no Zimbabué na repressão dos protestos iniciados na segunda-feira (14) contra o aumento do preço dos combustíveis.
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Em comunicado citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press, o Foro de ONG de Direitos Humanos do Zimbabué indica igualmente que no mesmo contexto mais de 240 pessoas foram alvo de "agressão, tortura, tratamento desumano e degradante" e 466 foram detidas arbitrariamente ou de um modo que a coligação designa de "transgressões em massa".
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Segundo o Foro, até crianças de 9 anos teriam sido torturadas quando as forças de segurança entraram em habitações. A coligação considera ainda "lamentável" que o Governo do Zimbabué esteja responsabilizando os líderes da sociedade civil por alguns dos piores distúrbios do país em vários anos.
A diretora executiva do Foro, Blessing Gorejana, disse à EFE que a maioria dos mortos foi atingida a tiro e o seu número pode aumentar.
De acordo com a ONG Médicos do Zimbabué pelos Direitos Humanos, pelo menos 172 pessoas foram tratadas em instalações médicas esta semana, 68 das quais com ferimentos de balas.
No passado sábado, o presidente, Emmerson Mnangagwa, anunciou um aumento do preço do litro da gasolina de 1,38 para 3,31 dólares, mais do duplicando o seu custo.
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A Confederação Sindical do Zimbabué convocou uma greve de três dias, que começou na segunda-feira seguinte, e os zimbabueanos vieram para as ruas manifestar-se contra a decisão e a crise econômica que afeta o país.
Entre os detidos está um padre e proeminente ativista e crítico zimbabueano, Evan Mawarire, preso na quarta-feira na sua casa, na capital, Harare, por "incitação à violência" através das redes sociais e por "subversão". A justiça decidiu hoje que continuará detido até 31 de janeiro. Com informações da Lusa.