© China Stringer Network / Reuters
As agências espaciais americana e chinesa estão negociando a exploração da Lua, segundo informou a Nasa nessa sexta-feira (18). O Congresso dos Estados Unidos está receoso com a transferência de tecnologia para o país asiático.
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Pelo Twitter, o responsável pelas atividades científicas da Nasa, Thomas Zurbuchen, disse nessa sexta-feira (18) que a agência espacial tinha "conversado com a China" para realizar observações por satélite do pouso da sonda Chang'e 4, que está no lado oculto da Lua, em 3 de janeiro.
A agência chinesa forneceu a localização exata da sonda, mas o satélite norte-americano não pode estar no lugar adequado no momento exato. O objetivo da Nasa era observar a nuvem de poeira provocada pelo impacto do pouso.
"Por diferentes razões, a Nasa não foi capaz de ajustar a órbita do LRO para que estivesse em uma posição ótima para observar o pouso, mas a Nasa ainda está interessada na possibilidade de detectar a nuvem muito tempo depois do pouso", informou o cientista.
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Como explica a 'France Presse', estas observações são importantes para futuras missões à Lua, como a construção de uma estação na órbita lunar até 2026.
Contudo, segundo uma lei norte-americana, é proibida qualquer cooperação espacial com a China que implique "uma transferência de tecnologia, dados ou qualquer informação que tenha implicações na economia ou na segurança nacional". A regra foi aprovada como represália a ciberataques atribuídos à China, em 2011.
A Nasa garante que a cooperação foi realizada de acordo com "as diretrizes do governo e do Congresso", além de ter sido "transparente, recíproca e benéfica mutuamente".